NAS ASAS DA BORBOLETA – Comemoração de um ano de publicação!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

E o livro NAS ASAS DA BORBOLETA está completando o seu primeiro aniversário de publicação e eu convidei a Laís Caparroz para resenhar o livro para o blog. A Laís além de ser uma das minhas melhores amigas e sem sombra de dúvida, uma das pessoas mais maravilhosas que eu conheço, foi uma das pessoas que leu o livro em seu estado mais cru, no original, com anotações a caneta e cheio de erros. Espero que gostem da resenha e quem sabe não rola um sorteio do livro...

Quando li NAS ASAS DA BORBOLETA pela primeira vez, não sabia o que esperar. Li com muita ansiedade, afinal era o primeiro livro da minha grande amiga Ivi. Em menos de 18 horas eu ri e chorei com a Natália e o Henrique.
Agora, pela terceira ou quarta vez, reli o livro a pedido da Ivi pra fazer essa resenha comemorativa. Toda vez que leio eu me sinto encantada novamente com os detalhes, descrições e conflitos, como se fosse a primeira leitura.
Pra quem ainda não leu, a obra traz a história da Natália, ou Nat para os íntimos, desde sua infância até a vida adulta. Parece clichê, não é? Mas não é. O livro traz os conflitos de Natália com ela mesmo, com a mãe, com o amor e com a amizade. A história começa no dia do casamento da Nat com o Victor: neste momento ela acredita que é a realização de um sonho. Mas ela acorda para a grande realidade da vida: que tudo acaba um dia, ou pelo menos quase tudo. O casamento enfrenta dificuldades por conta de uma mentira entre o casal e não suporta a pressão. Quando se vê sozinha depois de tanto acreditar no amor que sentia por Victor, tudo que Natália deseja é ser mãe. Mas, novamente, outros obstáculos aparecem. A partir daí, a vida dela vira de pernas pro ar. Com a intenção de se "encontrar", nossa heroína vai para Portugal e outros lugares da Europa, e lá, longe dos amigos - do grande amigo - da família e do trabalho, descobre grandes verdades a seu respeito. O final do livro (obviamente não falarei sobre os detalhes) é a chave da trama. Fui mais do que surpreendida pela Natália e suas escolhas, assim como pelas suas renúncias.
O livro traz um estilo de escrita leve e fácil de se envolver. Muitos conflitos de cunho filosófico pessoal são debatidos entre a narradora e o leitor, e isso é algo que me cativou desde o começo da leitura.
Eu sou relativamente suspeita pra falar sobre essa obra, porque se o livro é "filho" da Ivi, então ele é meu "sobrinho", mas eu sou uma leitora quase compulsiva que não se deixa envolver por qualquer texto, mas NAS ASAS DA BORBOLETA me toca no íntimo, na vontade de realizar meus sonhos no amor e na maternidade e me dá esperança pra não desistir, mesmo quando tudo parece não querer dar certo.

Coisas que eu adoro sobre a obra:
As comparações da autora, que por ser minha amiga íntima fazem todo sentido pra mim, para descrever os personagens como, por exemplo, quando ela cita Tom Welling ou o Orlando Blomm. (Se você não os conhece, pesquise, garanto que não vai se arrepender...)
As descrições de Portugal, dos locais da Europa por onde a Nat passeia, porque eu sei que a Ivi nunca foi lá, mas lendo o livro parece que eu estou andando por aquelas ruas e vendo as árvores e os prédios.
Os conflitos da Natália  que são tão meus, nossos, de qualquer outra mulher, mas ao mesmo tempo tão novos e revolucionários por serem vividos de forma tão aberta.


Quotes escolhidos:
"Sempre tive uma intimidade imensa com as lágrimas. Fui uma criança muito chorona, uma adolescente muito chorona e era sim, uma mulher chorona demais. A maturidade não secou minha fonte de lágrimas e nem entupiu minhas glândulas lacrimais. Qualquer coisa me fazia chorar e isto não quer dizer que eu banalize as lágrimas, mas quando eu choro, me sinto indo de encontro a solução do que está me afligindo de verdade. Claro que chorar não traz a solução dos problemas, mas nunca fui de segurar as lágrimas, sempre me joguei de corpo e alma no rio de água salgada, me afogando na emoção do momento para me refazer depois. Sinceramente acho muito estranho que pessoas sintam vergonha de chorar, que reprimam a emoção com vergonha, medo ou qualquer outro motivo. Eu não, eu choro mesmo. E ali, mesmo com o rosto todo perfeito em cores e traçados da maquiagem, deixei as lágrimas fazerem seu trabalho, seguirem seu percurso, lavarem não só meu rosto, mas meu coração." Página 37

"Um minuto de silêncio em respeito à morte da minha autoestima."  Página 52

"Por um lado isto é lindo. Ela não queria depender de mim, não queria me explorar e isto tem seu brilho, mas a verdade é que minha mãe nunca quisera ficar comigo pra valer. Sentia-se responsável por mim, lutou muito para que nada me faltasse, mas eu era a prova viva do seu fracasso como mulher. Eu era a filha do casamento mal sucedido. Eu era a filha do alcoólatra infeliz que a subjugara como mulher e ser humano. Eu era o peso, ou o castigo, por ter se casado com um inútil. Acho que toda vez que ela olhava para mim, e via meus olhos, enxergava os olhos do meu pai e isto a incomodava. Eu não tinha coragem de confrontá-la, perguntar diretamente porque ela gostava de ficar tão longe de mim, tinha medo de ofendê-la, então, nossas conversas eram triviais, as vezes eu tinha a impressão que éramos estranhas uma para a outra, que sermos mãe e filha, fora um erro burocrático na reprodução humana." Página. 75

"Fiquei ali na janela e senti as lágrimas descerem pelo meu rosto e chorei por um tempo. Acabava ali aquele desgaste de tentar ser filha, de ter uma referência de homem em minha vida. Nunca precisei dele e nada iria me convencer que eu deveria cuidar dele." Página 81

"[...] porque ás vezes fico delirando, achando que se ficar perto de uma grávida, a minha gravidez se aproximará e logo serei eu a fazer poses no meu próprio estúdio. É ridículo, eu sei, gravidez não é algo contagioso... Que pena." Página 83

"Tudo aconteceu de maneira cadenciada, triste e sombria. Acho que nem se eu tivesse usado o batom mais poderoso do mundo ou a roupa mais espetacular da história das grifes, eu teria me sentido melhor no dia em que nos pusemos na frente de um juiz com o objetivo de legalizar o fim do amor do Victor por mim. Como se de fato existissem leis que abrandassem a dor que queimava meu coração. Como se a justiça pudesse fazer alguma coisa para amenizar a agonia que eu alimentava dentro de mim por ter fracassado não somente como esposa, mas como mulher." Página 88

"-Você está querendo dizer que eu não estou pronta para ser feliz ou pronta para ser mãe?
-Não, eu estou dizendo que não é sendo mãe que você vai ser feliz, para ser mãe, você já tem que ser feliz." Página 107/108

"Levei comigo na bolsa um livro para ler. E o devorei nas primeiras 5 horas de voo. Não era um livro fininho, pequeno e cheio de gravuras, era um livro de quase 800 páginas, um romance irlandês cômico que me fez rir, e me fez companhia durante o primeiro trajeto da viagem." Página 114

Eu poderia escrever muito mais sobre esse livro, mas resenha não é ensaio certo? Então, paro por aqui, com esses quotes da obra que mexem muito comigo.
Finalizo parabenizando a Ivi por sua criatividade e empenho, tanto como escritora, como também como mãe e mulher batalhadora. Hoje, essa obra completa seu primeiro ano, e eu desejo muito sucesso e muitas vendas, porque o livro é realmente bom.

Quer adquirir o livro? Aqui!




Comentários
8 Comentários

8 comentários :

  1. Novamente, foi uma honra fazer essa resenha... Vc merece tdma sucesso Ivi ...
    Te amo
    Xoxo

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  2. Parabéns, pelo niver de um ano do livro e parabéns pela resenha Laís, vc conseguiu trasmitir toda sua paixão pelo livro e seu amor pela autora.
    O livro é realmente muito bom, vale a pena ler, tirei muitas lições e o final é lindooooooooooo.
    Bjs

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  3. Oi Ivi, parabéns pelos aniversário do livro! A resenha do livro ficou ótima... Me deu muita vontade de ler!

    Abraços, Isabela.
    www.universodosleitores.com

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  4. Parabéns pelo niver do livro :]
    Me apaixonei pela estória, gosto desse tipo de tema
    leve e descontraído, e que me faça sorrir ... onde a
    principal não vive num mar de rosas, mais sim
    com uma vida bem parecido com a vida real!

    http://soubibliofila.blogspot.com.br/

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  5. Parabéns pelo aniversário do livro Ivi *-*
    Adorei os quotes que tem na resenha, já dá pra ver que é bem divertido! Que bom que vai ter sorteio iria adorar ler ele.
    Beijos :)

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  6. Parabéens pelo primeiro aniversário do livro Ivi :)
    Eu fiquei muito curiosa para ler o livro, ainda mais que se passa na Europa e como eu nunca fui para lá também, eu quero imaginar. A história dos conflitos da Nat me deixaram com um gosto de quero ler agora, neste momento!

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  7. Parabéns pelo primeiro aniversário, hehe :)
    Parece ser um enredo bem interessante, o ruim agora é encaixar mais livros nas filas de leituras que temos KKKK Mas sempre tem um jeitinho né?

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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