Livros em Formato de Carta

quinta-feira, 17 de setembro de 2020


Oi gente que ama livros, hoje venho com a indicação de narrativas epistolares para vocês. Uma narrativa epistolar é aquela desenvolvida em formato de cartas, se popularizou muito dentro do gênero da ficção literária e espero que vocês gostem.

Vamos conferir?

As Vantagens de ser Invisível - (Stephen Chbosky) - O livro inteiro é contado através de cartas de Charlie para um amigo não denominado relatando a aventura do seu primeiro ano no ensino médio. Amizades, primeiro amor e também dramas familiares dos quais ninguém está livre. Nas cartas, a narrativa de Charlie, às vezes é infantil e ingênua, assim como também extremamente perturbadora. Charlie conta fatos do passado de maneira incompleta e durante a leitura eu tentava investigar porque ele era daquele jeito e porque determinadas coisas aconteciam. Tudo se amarra no final, aliás, foi muito surpreendente para mim e bem construído. Fiquei nostálgica ao terminar o livro, com saudade dos personagens e imaginando quantos adolescentes passam hoje por situações parecidas com a do personagem do livro, pois a história toda é crível!!

Cartas de Amor aos Mortos (Ava Dellaira) - O livro nos traz a Laurel poucos meses após perder a irmã. May era mais que uma irmã mais velha para Laurel, era um exemplo de pessoa para ela. May sempre foi muito carinhosa com Laurel, as duas tinham uma relação muito bonita e quando May morre, Laurel fica completamente desorientada. Os pais já estavam divorciados, a mãe havia ido embora e ela convive com o luto sofrido do pai e tem que se adaptar a nova escola, conquistar novos amigos e tentar superar a dor da perda que assolava o seu coração. Na escola nova, Laurel tem que realizar uma tarefa para a aula de inglês que consiste em escrever uma carta para uma pessoa que já morreu. Laurel não entrega a tarefa, mas começa a escrever inúmeras cartas para várias personalidades que já faleceram, como Kurt Cobain, Janis Joplin, Jim Morrison e outros. O livro se desenvolve sobre a questão de entendermos porque May morreu e como Laurel vencerá esta fase difícil da sua vida. A história nos é contada através das cartas e conforme estas são escritas, o mistério que ronda a morte de May é revelado.

Flores para Algernon (Daniel Keyes) - O livro nos traz o Charlie, um homem de 32 anos com um severo comprometimento intelectual. Charlie tem Fenilcetonúria e por conseguinte, um Q.I. baixíssimo, mas uma enorme vontade de aprender e “ser inteligente”. Sua grande motivação para aprender o torna a cobaia ideal para um experimento desenvolvido por cientistas em uma universidade: uma neurocirurgia capaz de aumentar a inteligência de um indivíduo. A experiência já foi realizada no rato Algernon e os resultados foram excelentes, então Charlie é submetido ao mesmo procedimento. De fato, a cirurgia é um sucesso e o Q.I. de Charlie começa a aumentar. Estimulado por leituras e até por sugestões hipnóticas, seu cérebro começa a absorver conhecimento cada vez mais rápido. A evolução intelectual do personagem é acompanhada pelo leitor inclusive na forma como o texto é escrito porque toda a trajetória de Charlie nos é contada através de relatórios que ele mesmo desenvolve para comprovar como está a cada dia mais inteligente. No começo, os relatórios são simples e com muitos erros ortográficos e gramaticais, mas conforme ele fica mais inteligente, essas redações se tornam complexas e com vocabulário rico.

Querida Sue (Jessica Brockmole) - O livro nos traz uma troca de cartas entre Elspert, uma mulher que morava em uma ilha da Escócia e escrevia poemas e um universitário americano chamado David. David ganhou um dos livros de poemas de Elspert e fascinado por sua escrita, resolveu lhe escrever uma carta, agradecendo pela inspiração. Elspert ficou tão feliz com a carta de um fã, que respondeu ao David e assim iniciaram uma troca de correspondência. A questão é que isto aconteceu em 1915, quando o mundo começava a tremer com a Grande Guerra. Elspert, que até então nunca saíra da ilha onde morava e era casada com um homem com quem crescera, viu naquela troca de correspondência, uma chance de ver o mundo lá fora. David, jovem e com ambições artísticas, queria ter contato com alguém de alma sensível e aberta. Assim, por cartas e com um oceano inteiro entre eles, se apaixonaram. O livro nos conta uma história de conhecimento e intimidade entre um casal. A forma como as palavras de um seduziu o outro e como em determinado momento, ambos não conseguiam mais se imaginar sem aquela troca de cartas. 

Essas foram as minhas indicações de livros em formato de cartas e gostaria de saber se você já leu algum deles ou tem um outro livro neste formato para me indicar. Deixe nos comentários porque vou adorar conferir!

Beijos
Comentários
9 Comentários

9 comentários :

  1. Oie,
    Só não li Querida Sue, mas adoro os outros 3. Esse formato é muito interessante e normalmente é um tipo de leitura que flui muito bem pra mim.
    Adorei a ideia do post!

    Beijos, Fantasma Literário

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  2. Ivi!
    Eu amo esse formato de livro! A contagem de uma história por meio de cartas faz com que a leitura seja muito agradável e leve de acompanhar. E eu também acredito que as cartas dão mais autenticidade aos personagens, o que torna a experiência rica e profunda.
    Da lista e só conheço Cartas de Amor Aos Mortos, e gostei muito! Trata-se de uma história sensível e cheia de sentimento.
    Como indicação eu deixo Anexos, da Rainbow Rowell. Fala sobre o cotidiano de um escritório corporativo e a vida dos funcionários. É muito engraçado.
    Beijos.

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  3. Oi
    desses ai só li os dois primeiros e gosto das história, quando li cartas de amor aos mortos a história me conquistou.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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  4. Oi, Ivi! Ameeeei o post de hoje.

    Eu já li e assisti As Vantagens de Ser Invisível, mas já faz taaaaaanto tempo, que não me lembro de quase nada, acredita? É um livro que eu precisaria reler.
    Eu sou doida pra ler Cartas de Amor aos Mortos e isso já tem anos! Amo quando os livros tem referências musicais. Inclusive, uma das poucas coisas que me lembro é que no livro de As Vantagens tem algumas.

    Sobre esse formato de leitura, acredito que já citei aqui, mas recentemente li Drácula que também é epistolar. É uma boa leitura, porém o final deixou a desejar.

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  5. Olá Ivi!
    Esse tipo de livro é muito bom pois a leitura flui facilmente. Sabe aquela amnésia literária total? Tive isso em relação a As vantagens de ser invisível, eu li o livro mas não me lembro de absolutamente nada da história (#shameonme), nem que era no formato de cartas. Agora Cartas de amor aos mortos eu me lembro muito bem, foi uma leitura emocionante. Fiquei bem interessada em ler Flores para Algernon. Indico o livro Onde terminam os arco-íris, da Cecelia Ahern, que deu origem ao filme Simplesmente acontece. É no formato de emails, não de cartas, mas a história é maravilhosa.
    Beijos

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  6. Eu já li As Vantagens de ser Invisível e amo de paixão!! Um livro que ainda não li, mas morro de vontade de ler é Carta de Amor aos Mortos. Além de toda premissa, Carta de Amor aos Mortos possui referencias que, com certeza, irei amar!

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  7. Oi, Ivi!
    Livros com cartas sempre me emocionam, quantas e quantas vezes chorei lendo cartas nos livros?! Perdi as contas rsrs.
    Mas livros narrados totalmente em formato de cartas eu nunca li, acho até que eu estranharia ler um livro narrado dessa forma...
    Dos quatro livros que você citou conheço apenas Vantagens de ser Invisível e Cartas de Amor aos Mortos, mas confesso que nunca tive interesse em lê-los... Bjos!

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  8. Li Querida Sue há algum tempo e amei, é um livro muito doce. Flores para Algernon está em alta no momento e eu quero muito ler. Todo mundo falando bem.
    Eu ainda não li As vantagens de ser invisível e CArtas de amor aos mortos. Esse segundo eu tenho. Já o primeiro não tenho tanta vontade de ler, nem sei porque.

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  9. Assisti As Vantagens de ser Invisível e achei um ótimo filme. Nunca havia reparado sobre ser em formato de carta, devo ter lido vários. Quero muito ler Querida Sue, achei interessante, vai ser uma leitura válida.

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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