FICHA TÉCNICA
Nome original: Red, White & Royal Blue
Autora: Casey McQuiston
Tradução: Guilherme Miranda
País de origem: Estados Unidos
Número de páginas: 392
Ano de Lançamento: 2019
ISBN-13: 9788555340949
Editora: Seguinte
Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 38º livro lido em 2020 e foi Vermelho, Branco e Sangue Azul (Casey McQuiston). Este livro foi um dos queridinhos em 2019 e como todo mundo falava o quanto o livro era fofo, representativo, original e bem escrito, não dá para ficar imune a tantos elogios sem aquela ponta de curiosidade, não é mesmo? Tratei de incluir na lista de leituras para saber se era tudo isso mesmo.
O livro nos traz o Alex em seu último ano de faculdade e ele seria apenas um jovem comum se não fosse o filho da atual presidenta dos Estados Unidos que concorre à reeleição. Alex é o queridinho da América: bonito, carismático e com um futuro político que será marcado por políticas públicas que tenham como objetivo principal fazer o bem a todos. O livro começa com a família da presidenta indo ao casamento de um dos príncipes reais na Inglaterra e Alex está apreensivo com isso, pois o irmão mais novo do noivo, Henry, é um desafeto seu e não quer ter que interagir muito com ele. Os dois se envolvem em uma confusão hilária assistida pelo mundo inteiro e para solucionar isso, as duas famílias e suas assessorias de imprensa decidem que eles devem ser vistos juntos como amigos e para isso, se aproximam muito mais do que imaginavam.
Alex não tinha a menor percepção de sua bissexualidade até se sentir intensamente atraído pelo príncipe. Já Henry sempre soube que era gay, mas nunca pode se assumir diante da família ou dos amigos porque afinal de contas, um príncipe real “precisa” ser hétero para dar continuidade ao legado da família. Porém a paixão dos dois é inegável, além de divertida e muito quente.
Não se engane com essa capa fofinha porque o livro traz cenas sensuais bem descritivas da intimidade de Alex e Henry e é bem gostoso acompanhar o nascimento e o crescimento desta paixão que os deixa cegos e os faz esquecer que suas famílias não podem passar por nenhum tipo de constrangimento.
Além do romance entre os dois, temos a inserção de alguns temas bem interessantes na narrativa. A representatividade é um ponto alto desta história, porque além de ser um romance homoafetivo, a família de Alex é de origem mexicana e terem chegado a Casa Branca mostra o quanto a capacidade deve ser o ponto primordial para a escolha de um líder de estado. Isso sem falar que estamos falando de uma líder mulher e divorciada, o que salienta sua independência.
Outro ponto que adorei no enredo é Alex ter como hobby pesquisar líderes na história da civilização que possam ter sido gays e que por motivos preconceituosos não tenham deixado claro sua orientação sexual. Eles pesquisa cartas trocadas, relatos e falas de discurso que dão a certeza que essas pessoas não eram héteros e se sente acolhido toda vez que uma nova evidência surge em suas pesquisas, porque isso o faz entender que outros como ele existiram e existirão na liderança de nações e essa característica os desabona em nada.
O livro tem uma série de elementos que me agradaram na leitura. A linguagem simples e fluida dá um ritmo alucinado a leitura, do momento em que eu comecei a ler não consegui parar até finalizá-la e quando isso aconteceu, estava mais que satisfeita.
É um new adult com todos os elementos do gênero: sensualidade e medo do futuro quando muito se é exigido dos personagens.
Eu adorei!!!
Um pouco sobre a autora: CASEY MCQUISTON cresceu nos pântanos do sul de Louisiana, onde desenvolveu um grande amor por biscoitos amanteigados e histórias apaixonantes. Ela estudou Jornalismo e trabalhou em revistas por anos até retornar ao seu primeiro amor: comédias românticas alegres, excêntricas e escapistas. Hoje vive nas montanhas de Fort Collins, Colorado, com uma coleção de caftãs e sua poodle, Pepper. Vermelhor Branco e Sangue Azul é o seu único livro publicado no Brasil.