Nome Original: The Puppet Boy of Warsaw
Autora: Eva Weaver
Tradução: Ivar Panazzolo
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 398
Ano de Lançamento: 2014
ISBN-13: 9788581634173
Editora: Novo Conceito
Oi gente que ama livros, hoje
venho com a resenha do 50º livro lido em 2018 e foi O Menino dos Fantoches de Varsóvia (Eva Weaver). Este livro estava
na minha estante vergonhosamente desde a bienal do livro de 2014 e mesmo eu
amando histórias que se passem no contexto de segunda guerra mundial, o
negligenciei por mais de 4 anos. Querendo desacumular os livros não lidos na
estante, comecei a ler esta história.
O livro nos traz o Mika, um pequeno judeu que vivia com sua
mãe e seu avô na cidade de Varsóvia nos anos que precederam a guerra. Quando os
alemães nazistas invadiram a Polônia e aprisionaram milhares de judeus no
Gueto, Mika estava lá. Seu avô tinha um casaco grande que por ironia do destino
ficaria com Mika e que escondia um mundo inteiro de fantasias em seus inúmeros
bolsos secretos. Seu avô, que gostava de fantoches, deixou de legado para o
neto a arte de contar histórias pela manipulação de suas mãos e por muito tempo
esses fantoches, em especial o Príncipe,
arrancaram sorrisos em meio a inúmeros rostos entristecidos e abatidos pela
guerra.
Depois que sua família é expulsa
de casa e se abriga no gueto com mais pessoas chegando para dividir o já
pequeno espaço do apartamento, inclusive sua tia, primo e prima Ellie, Mika arriscava a vida andando
pelas ruas escuras em horários do toque de recolher para fazer pequenas
apresentações às crianças do orfanato e também às do hospital infantil.
Crianças que não tinham nada para comer, sem suas famílias e que dependiam da
bondade de alguns enfermeiros e educadores para sobreviverem. Mika trouxe um
pouco de alento a essas pobres crianças, quando o mundo e os nazistas haviam
lhes tirado toda a chance de viver.
Então Max, um soldado alemão, surge na vida de Mika. E a alegria que ele
tinha de contar histórias para animar seu povo acaba virando um artifício para
salvar a própria vida, já que é obrigado a apresentar para os soldados alemães
na parte ariana da cidade, fora dos muros com arames farpados do gueto. Com
desconfiança e temendo por sua vida, pois uma resposta ou movimento que
parecessem ofensivos poderia lhe garantir uma bala no peito, Mika apresenta
suas histórias para aquela platéia odiada, disfarçando seu ódio e pensando numa
maneira de escapar daquela tensão. Sua prima Ellie passou a ajudá-lo, e em
breve, o grande e pesado casaco serviria para outras coisas além de carregar os
fantoches de Mika e ele arrisca a vida inúmeras vezes para garantir a alguns
pequenos a chance de sobrevivência do lado de fora do gueto. Numa situação
perigosa, Mika se viu abrigando crianças pequenas sob o casaco, entregando-os a
pessoas do outro lado do muro, que iriam inserir essas crianças em famílias
alemãs e com nomes alemães para lhes poupar da deportação para os campos da
morte.
Apesar de a leitura ser tensa em
função do contexto, eu li o livro bem rápido porque a linguagem da autora e o
desenvolvimento da trama foi muito envolvente. É fácil amar o Mika e entender a
aversão que ele sente por qualquer soldado alemão. Ellie também é uma
personagem que nos conquista com carisma e inteligência e assim, torcemos para
que tudo dê certo e os planos mirabolantes que os dois adolescentes traçam para
ajudar os judeus do gueto possam ser bem-sucedidos.
Mika começa a amadurecer e
entender que nem tudo é preto no branco, que a guerra fez vítimas dos dois
lados e a maneira como ele começa a questionar a própria simpatia que pode
sentir por Max é bem interessante. Além da história, temos um pano de fundo
histórico muito rico porque a autora não se limitou apenas em nos contar o que
acontecia naquela cidade, mas o pós-guerra e o que foi feito dos soldados
nazistas é bem explorado na trama e neste momento até eu me solidarizei com os
vilões deste enredo, porque a autora conseguiu me fazer refletir sobre todas as
conseqüências que muitos poderiam enfrentar se apenas se negassem a trabalhar
para Hitler.
Eu adorei o livro. Tudo nele é
muito intenso. As perdas, as conquistas, o amor, a família e a amizade são bem exploradas
e os personagens conseguem ser tridimensionais, mostrando tanto o lado bom quanto
o lado mau, com outras camadas que foram bem construídas no livro.
É um livro bem escrito, bem
ambientado e com um final bem interessante. Conforme as páginas finais se
aproximavam, mais interessada eu ficava em como seria toda a conclusão e posso garantir
que não me desapontei.
Super recomendo para quem gosta
de livros com a segunda guerra mundial sendo quase como um personagem na trama.
O livro é de fácil leitura, mas a mensagem trazida é madura e séria e sem
dúvida, é um dos melhores livros do gênero que eu já li na vida.
Beijos
Um pouco sobre a autora: Eva Weaver é uma arteterapeuta, artista
performática e escritora que gosta de falar de história em seus livros. Como
muitos alemães, ela não se esquece dos acontecimentos da Segunda Guerra
Mundial, que a inspiraram para que escrevesse seus livros. O Menino dos
Fantoches de Varsóvia é o seu único livro publicado no Brasil. Atualmente ela
mora em Brighton, na Inglaterra.
Nossa,quando penso que já estou terminando minha lista de livros sobre a 2 GM, me aparece mais obras fascinantes. Esse livro eu ainda não conhecia, mas até salvei a imagem, pois com certeza irei ler. Ele será colocado na minha lista de 2019, pois a desse ano já está completa até Dezembro, mas estou muito curioso para saber da trama por completo, pois assim como você, também esse tipo de leitura me atrai muito.
ResponderExcluirNossa eu sou extremamente apaixonada com livros que abordam a Segunda Guerra Mundial, mas confesso que ainda não tinha parado para ver nada sobre esse livro ainda... Gostei muito da sua resenha e pude ver que vai ser um livro que vai me emocionar bastante, ja adicionei na minha listinha... E se me permite dar uma dica, recomendo super a leitura de Inverno de manhã: Uma jovem no gueto de Varsóvia
ResponderExcluirOi Ivi, tudo bem? Eu fujo um pouquinho de histórias relacionadas a esse contexto porque sou uma legitima chorona, mas acho super importante que falem sobre o sofrimento que a segunda guerra mundial trouxe. Acho que essa história parece ser bem mais leve que as outras né? Vou anotar a dica. E depois de 4 anos, que bom que o livro foi lido haha
ResponderExcluirOi Ivi tudo bem? Adoro ler livros que tem uma boa trama e pela sua resenha me passou vários sentimentos e fiquei em partes aflita pelo Mika, essa vontade que tem de alegrar um pouco a vida de quem já sofreu muito me comoveu, e não é só isso a posição social em que vivem não é nada favorável. Não conhecia essa autora, já anotei a dica desse livro, obrigado e parabéns pela resenha. Bjs!
ResponderExcluirOi, Ivi, tudo bem?
ResponderExcluirEu ainda não conhecia o livro e já me interessei bastante por ele. Esse tipo de trama me interessa bastante, eu gosto muito de histórias (de ficção ou não) que se passem durante as guerras. Parece mesmo ser uma leitura muito intensa, com certeza meu coração vai ficar apertado em vários momentos do livro, mas é uma obra que eu quero muito ler.
Oi, Ivi!
ResponderExcluirMenina, também tenho esse livro na estante desde 2014 quando a NC enviou pro blog e ainda não li SOS! Acho que estou demorando para ler justamente por sua história ser tão intensa. Fico muito feliz em saber que a autora consegue desenvolver bem a história e que apesar de ter um número considerável de páginas, a leitura segue um ritmo bom (e pensando bem, vou acabar lendo esse livro neste semestre, já que estou estudando a guerra civil francesa que foi "uma prévia" da segunda guerra). Beijos!
Oi Ivi!
ResponderExcluirNão conhecia o livro e ele parece trazer uma história muito legal!
Uma pena que não é o tipo de leitura que procuro no momento por ser muito intensa. Esse tipo de história realmente consegue mexer comigo pq acabo me apegando aos personagens e sofro com eles.
Irei indicar para alguns amigos que adoram histórias sobre a guerra.
Beijos!
FLeituras
Olá Ivi, tudo bom?
ResponderExcluirTenho esse livro desde 2014 e assim como você venho negligenciando a história, mesmo curtindo muito esse pano de fundo que envolve a segunda guerra. Fiquei super curiosa para conferir esse enredo e acompanhar o amadurecimento e compreensão do personagem. Vou fazer como você e 'desencalhar' esse não lido da estante. Amei sua resenha ♥
Beijos!
Olá!
ResponderExcluirAcho muito interessante quando os autores conseguem nos envolver em enredos tão intensos e marcantes como os que se desenrolam a partir da segunda Guerra Mundial. Uma época marcada com tantas tragédias e muitas famílias perderam tantos entes queridos que certamente se vier a ler essa história irei me emocionar.
Beijos!
Camila de Moraes
Eu gosto bastante também desse tipo de leitura, eu já tinha visto esse livro por aí, mas nunca tinha lido uma resenha. Gostei de saber que apesar de o tema ser algo pesado a leitura consegue ser fluída. E nossa, não posso nem falar nada, porque tenho livro da bienal de 2012 sem ler... hahaha
ResponderExcluirbeijos
Oi, Maravilhosa ♥
ResponderExcluirDesde que assisti " O Pianista" e " O menino do pijama listrado" fujo um pouco de livro da guerra por que eu me emociono muito, mais muito mesmo, mas por incrivel que pareça esse livro me chamou atenção por ser um pouco diferente, por abordar os dois lados não só o dos Judeus, mas também vendo um pouco do lado dos soldados. Creio que é uma leitura super valida. Parabéns por essa resenha maravilhosa.
Beijos.
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