A Sorte do Agora (Mathew Quick)

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

FICHA TÉCNICA:
Nome Original: The Good Luck of Right Now
Autor: Mathew Quick
Tradução: Alexandre Raposo
País de Origem: Estados Unidos
Páginas: 224
Ano de lançamento: 2014
ISBN:  978-85-8057-763-1
Editora: Intrínseca
Oi gente que ama livros, hoje eu venho com a resenha do 64º livro lido em 2014 e foi A SORTE DO AGORA (Mathew Quick). Quando vi que tinha lançamento do autor, não pensei duas vezes e tratei de providenciar o livro. Mathew Quick é um daqueles casos maravilhosos em que eu não preciso saber nada da história para ter a certeza que irei apreciar a leitura.

O livro nos traz o Bartholomew, um homem de quase 40 anos que morou a vida inteira com a mãe, foi cuidado e cuidou dela e de certa forma, não se preocupou ou não se sentiu estimulado o suficiente para conhecer outras coisas na vida. Porém a mãe dele morre e agora ele tem que aprender a viver sozinho. Bartholomew não tem amigos porque a sua vida se concentrava na figura da mãe dele, salvo pelo fato de que ele é um católico fervoroso, ele tem uma amizade com o padre McNamee que foi o líder espiritual dele e da mãe por toda a sua vida. Bartholomew nunca conheceu o seu pai e a mãe contava que ele havia morrido assassinado pela Kan Klux Klan. Após o falecimento da mãe, Bartholomew conhece a Wendy, sua conselheira de luto e ela o incentiva a fazer amizades, andar com pessoas da sua idade e a desenvolver uma vida social saudável, mas ele não tem a menor noção de como fará isso porque os únicos lugares que ele frequenta é a igreja e a biblioteca, mas acredita que Wendy está certa e na biblioteca ele se interessa por uma moça que trabalha lá como voluntária, a quem ele apelidou secretamente de “Meninatecária”.

A narrativa é intensa e fluida, porém nos é contada não em prosa, mas através de cartas que o Bartholomew escreve para um tal de Richard Gere. Estranho? Não exatamente porque a mãe do Bartholomew era fã do ator e ele acredita que uma pessoa que a mãe admirava tanto, irá entendê-lo.

O livro então se desenvolve sobre em Bartholomew fazer novos amigos e ele faz os amigos mais bizarros do mundo e lentamente ele nos conta como foi a relação dele com a sua mãe e como vai desvendar determinados mistérios do seu passado, isso tudo envolvendo aventuras que ele jamais imaginara viver.

O livro é diferente. Assim como o protagonista, a forma como nos é contada esta história não está dentro de um padrão muito conhecido. Por várias vezes fui tentada a achar que o Bartholomew era um pouco pirado, mas essa impressão preconceituosa vai se perdendo ao longo das páginas e além de me afeiçoar à ele, eu comecei a torcer para que as coisas pudessem dar certo. Bartholomew é um personagem forte e frágil ao mesmo tempo e isso me conquistou.

Os personagens secundários que dão movimento à trama são incríveis também. A “Meninatecária”, o seu irmão Max e o padre McNamee são diferentes entre si e se complementam de forma perfeita. A contraditória Wendy que aconselha os outros mas tem uma vida emocional quebrada e ainda temos o padre Hachete que vem composto de antipatia, porém cheio de razão.

Eu adorei o livro. Achei estranho e algumas coisas me incomodaram um pouco, mas parece que foi a intenção do autor provocar isso nos leitores, essa resistência ao incomum e a partir do momento que eu me deixei levar pela história e pelas aventuras vividas, a leitura fluiu de forma maravilhosa.

Não é um livro que eu recomendaria pra qualquer pessoa, mas se você já teve contato com a escrita do autor e gostou, não tenho dúvida que irá adorar este livro também. Em contrapartida, acredito que este não deva ser o primeiro livro do Mathew Quick a ser lido se você não o conhece ainda.

O livro é bonito, bem escrito, verdadeiro e com aquele tipo de história que quando você conclui, percebe que está sorrindo. Eu adorei!!!  
 "As pessoas sofrem por diversos motivos. É melhor não comparar nem tentar medir." página 80

Um pouco sobre o autor: Mathew Quick era professor na Filadélfia, mas decidiu largar tudo e, depois de conhecer a Amazônia Peruana, viajar pela Africa Meridional e trilhar o caminho até o fundo nevado do Grand Canyon, reviu seus valores e, enfim, passou a dedicar todo seu tempo à escrita.Ele é americano e nasceu em 1976. Seus livros publicados no Brasil são:
Comentários
11 Comentários

11 comentários :

  1. Oi Ivi!

    O único livro do Matthew Quick que eu li foi O Lado Bom da Vida e me decepcionei tanto que perdi a vontade de conhecer outras obras dele... Mas me interessei imensamente pela história desse livro. A gente não costuma ver por aí muitos caras de 40 anos que vivem com a mãe, não é mesmo? Só que ao mesmo tempo fico receosa, já que você disse que não deve ser o primeiro livro dele a ser lido... Talvez se aplique a mim porque não gostei muito do primeiro contato que tive com ele.

    Beijo!
    http://www.roendolivros.com

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    Respostas
    1. Este livro é estranho, mas é excelente!!! Se você quiser dar uma segunda chance ao autor, (pense com carinho, porque ele merece), leia QUASE UMA ROCK STAR, acredito que irá gostar!!!
      bjs

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  2. Oi Ivi,
    Eu li o lado bom da vida e apesar de algumas pessoas dizerem que não gostaram eu gostei bastante, e ele é bem diferente também um pouco complicado de entender assim de imediato mais depois você se encanta pela leitura, acredito que esse também seja assim, quero ler ele.

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  3. Oi, Ivi
    Confesso que não conhecia esse livro, e nem o Mathew. De qualquer forma, gostei bastante da premissa dele. Acho que só lendo para saber se iria gostar desse tipo de narrativas que o autor montou. Eu já li um livro assim e gostei muito. Tudo depende de como o autor desenvolve né!?
    Apesar de algumas ressalvas suas, vejo que o livro, afinal, vale a pena. Acho que leria sim.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  4. Nunca li nada do autor, e como você disse que é um pouco diferente do que estamos acostumadas, não sei se serviria pra mim, hehe
    Mas gostei bastante da história e resenha, quem sabe eu leia. rs

    Beijos♥
    http://apaixonadaporleiturass.blogspot.com.br/

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  5. Oieeee,

    tudo bom??

    Eu também tentei ler o Lado bom da Vida, e não consegui. Não sei se foi a escrita ou a historia em si, então não sei se eu vou conseguir ler esse, mas vamos tentar !!!
    =)

    BJos

    Every Little Book

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  6. Olá, Ivi.
    Eu adorei O lado bom da vida e a forma como o autor escreve. Por isso acho que irei amar esse livro também. Já comecei gostando do protagonista. Me encantei com ele só lendo sua resenha. Eu ainda não tinha visto esse livro e assim que der eu vou comprar.

    Blog Prefácio

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  7. Oi, Ivi!

    Me reconheci muito em sua escrita. Esse autor, pra mim, é sensacional! O lado bom da vida é uns dos melhores livros da minha vida. Como não aprender com Path? Ainda não li esse livro, mas assim que der vou comprar e lerei.
    Parabéns pela escrita!

    Abraços!
    http://surpresasnaspaginas.blogspot.com.br/

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  8. Oiee.

    Nunca vi nada a respeito do autor, mas não sei se leria essa obra. Vou dar uam procurada no skoob e quem sabe assim meu interesse pela obra cresce

    Beijos da Fê
    As Catarina´s

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  9. Oláá
    Essa capa é liiinda, como todas as outras, eu já tive contato com dois livros dele e adorei, como você disse, realmente não é qualquer um que pode vir a gostar da escrita do autor, eu espero ler esse e adorar, ótima resenha

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  10. Oi, Ivi!
    Ainda não conhecia o livro, mas deu para perceber que não é uma leitura que me agradaria. A premissa não tem os elementos que eu gosto, mas adorei sua resenha! :)

    Beijos,

    Rafa [ blog - Fascinada por Histórias]

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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