Tempo de Partir (Jodi Picoult)

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Ficha Técnica:
Nome Original: Leaving Time
Autora: Jodi Picoult
Tradução: Cecilia Camargo Bartalotti
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 434
Ano de Lançamento: 2018
ISBN-13: 9788576866978
Editora: Verus

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 47° livro lido de 2019 e foi Tempo de Partir (Jodi Picoult). Sou uma verdadeira fã desta autora, tenho todos os livros que ela já publicou no Brasil, por isso minha felicidade foi plena quando este livro veio para o Brasil. Porém não li de imediato porque não era o momento. Os livros da Picoult trazem uma carga intensa de drama e eu esperei o momento em que uma leitura assim seria apropriada. O momento chegou e eu me joguei nesta leitura com a entrega necessária para isso.

O livro nos traz a Jenna, uma garota de 13 anos que está procurando sua mãe que desapareceu há 10 anos. Sua avó tem poucas respostas e seu pai está internado em uma clínica para doentes mentais, por isso ela decide ir até Serenity Jones, uma mulher que foi uma médium reconhecida por encontrar diversas pessoas desaparecidas, porém cometeu alguns erros e teve que abandonar essa profissão. Jenna também procura ajuda de Virgil Stanhope, o detetive que na época investigou o desaparecimento de Alice, sua mãe.


O livro então se desenvolve nesta busca de Jenna por sua mãe e enquanto isso acontece conhecemos a vida de Alice. Ela era uma pesquisadora de elefantes, após conhecer o pai de Jenna e eles compartilharem o amor por elefantes, Alice decide ir viver com ele em uma reserva para pesquisar os animais e ajudá-lo na administração do local.

Também conhecemos Serenity em sua intimidade. O livro começa com ela desacreditando no próprio dom da mediunidade, pois embora tenha tido sucesso no passado e não tenha sido leviana com nenhum dos casos que chegou na sua mão, ela não acredita que pode ser útil quando Jenna a procura, até que pequenos sinais se manifestam, Serenity sente que seu dom está voltando e que talvez possa ajudar a garota.

O livro traz um suspense muito interessante. Conforme a leitura avança, é inevitável não levantar hipóteses do paradeiro de Alice, porém toda vez que eu chegava perto de alguma conclusão pessoal, essa linha de pensamento era derrubada por um outro indício que me levava a pensar em outra conclusão.


Por mais possibilidades que eu levantei durante a leitura, não estava preparada para o desfecho do desaparecimento de Alice e a busca de Jenna. No momento em que tudo começa a se elucidar, eu me senti extremamente enganada e ao mesmo tempo feliz porque realmente o final foi muito consistente e a autora deixou pistas ao longo do caminho que eu só entendi no momento que ela nos revela toda a verdade. Eu fiquei tão chocada com o final da busca de Jenna que comecei a rir sozinha porque eu não imaginei que era aquilo e ao mesmo tempo fazia muito sentido.

A pesquisa que a autora fez com relação aos elefantes foi incrivelmente envolvente e o tema foi inserido no livro de maneira orgânica, de forma que eu me apaixonei por elefantes como a Alice. Da mesma forma, a mediunidade é descrita com base em pesquisas,  nada é superficial e embora eu particularmente não acredite achei que foi inteligente da autora colocar dados concretos sobre o assunto.

Mais uma vez me rendi ao talento excepcional da autora. Me envolvi com os personagens e a curiosidade pelo paradeiro da Alice não me deu paz. A conclusão foi perfeita e me deixou mais que satisfeita. Conversando com outras pessoas que leram o livro, percebi que ninguém também havia imaginado esse final e a surpresa foi realmente bem-vinda.


A questão da mediunidade me incomodou um pouco e nem foi durante a leitura, mas nos agradecimentos quando percebi que a autora acredita nisso e gostaria que todos acreditassem. Como disse, eu não acredito e acho um pouco irresponsável alguém estimular este tipo de coisa porque muitas pessoas não conseguem superar suas perdas em função de acreditarem que podem conversar com as pessoas que já morreram. Mas isso é uma consideração muito pessoal minha, rejeito a menor ideia disso realmente acontecer na vida real.

Isso diminuiu minha experiência com o livro? De forma alguma porque a história é muito boa, um suspense que me prendeu do começo ao fim, mas tenho que confessar que fiquei bem decepcionada ao descobrir que a autora acredita neste tipo de coisa.

O livro é excelente e eu o indico sem medo de errar.


Um pouco sobre a autora: Jodi Picoult nasceu e cresceu nos Estados Unidos. Estudou Inglês e escrita criativa na Universidade de Princeton e publicou dois contos na revista Seventeen enquanto ainda era estudante. Aos 38 anos é autora de onze best sellers. No Brasil, alguns de seus livros publicados são:
    • Dezenove Minutos
    • O Pacto
    • Uma Questão de Fé
    • O Filme Perfeito
    • A Guardiã da Minha Irmã
    • A Menina de Vidro
    • Piedade
    • Um Mundo À Parte
    • A Menina Que Contava Histórias
    • As Vozes do Coração
    • Tempo de Partir
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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