FILME DA VEZ #139 Duna 2

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Ficha Técnica:
Título Original: Dune: Part Two
Ano de Produção: 2024
Lançamento no Brasil: 29/02/2024
Duração: 166 minutos
Gênero: Ficção Científica
País de Origem: Estados Unidos
Classificação Etária: 14 anos
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Christopher Walken, Florence Pugh, Javier Bardem, Rebecca Ferguson, Stellan Skarsgård, Timothée Chalamet, Zendaya, Akiko Hitomi, Anya Taylor-Joy, Austin Butler, Babs Olusanmokun, Charlotte Rampling, Dave Bautista, Giusi Merli, Josh Brolin, Kait Tenison, Léa Seydoux, Roger Yuan, Souheila Yacoub, Stephen McKinley Henderson, Tara Breathnach, 
Sinopse: Paul Atreides se une a Chani e aos Fremen enquanto busca vingança contra os conspiradores que destruíram sua família. Enfrentando uma escolha entre o amor de sua vida e o destino do universo, ele deve evitar um futuro terrível que só ele pode prever.
Oi gente que ama livros, hoje trago para vocês os meus comentários sobre Duna 2.
Assim que minha sessão de Duna: Parte 2 terminou, foi quase instintiva a vontade de voltar ao livro original de Frank Herbert. As quase três horas de história correram tranquilamente e eu queria mais. Queria continuar na companhia de Paul Atreides, Lady Jessica, Chani, Princesa Irulan e de uma longa lista de personagens que tornam a produção de Denis Villeneuve uma grande história de ficção científica e uma conquista memorável em termos de adaptação.


Quando veio o anúncio do filme de Duna de 2021, as reações foram de uma desconfiança – justificada pelas adaptações anteriores – de que esta seria uma história complexa demais para ser contada em outro formato que não o de sua obra literária. Não sabendo que era impossível, Villeneuve surpreendeu com uma produção que, acima de tudo, tinha essência e vida própria. Pois bem: o raio caiu duas vezes no mesmo lugar e, no retorno ao vasto universo de Herbert, o cineasta refinou ainda mais a experiência.

A história de Duna: Parte 2 é uma continuação direta dos acontecimentos do primeiro filme, nos revelando o que aconteceu com Paul Atreides após a tragédia familiar. Com o assassinato de Duque Leto, o jovem prometido e sua mãe, Lady Jessica, se juntam aos Fremen. Enquanto busca compreender e aceitar seu papel como o líder que foi criado para ser, Paul busca justiça contra a conspiração que matou seu pai e aprofunda a relação com Chani.

Ao mesmo tempo em que o amplo universo de Duna torna a obra uma das mais celebradas e influentes de todos os tempos, é difícil passar por ele sem alguma confusão: a complexidade das relações políticas, povos, natureza e tecnologias exigem atenção e compromisso de verdade. Piscou, perdeu. Embora o primeiro filme tenha feito um grande trabalho em reorganizar e resumir informações e alguns conceitos, faltou, para uma parte do público, uma ideia mais urgente sobre o “de onde vem” e “para onde vai” a história.


Nesse sentido, a segunda parte chega para firmar as regras daquele mundo e os porquês da trama que estamos acompanhando. Se a primeira foi uma grande introdução ao universo de Duna, a sequência de 2024 faz a roda girar com um ritmo muito mais dinâmico, reviravoltas mais impactantes e mais ação propriamente dita. O resultado é um filme que abraça seu público com mais vontade e que, enfim, nos traz irresistivelmente para dentro de seu universo.


O roteiro continua optando por deixar de lado alguns dos embates políticos de que os leitores de Duna podem sentir falta, mas a “simplificação” é bem-vinda se consegue alcançar o objetivo de oferecer um desafio satisfatório a quem assiste – o compromisso da atenção continua sendo fundamental, mas a aventura cativante e imersiva recompensa.

O longa deixa claro que Paul Atreides está diante de uma ameaça e de decisões de enorme escala, mas também procura nos aproximar de seu íntimo. O mesmo acontece com Lady Jessica, cujo papel na sequência dá uma profundidade e importância surpreendente ao poder que ela tem, com Stilgar e sua função na jornada messiânica de Paul e, por fim, com Chani. Chegou a vez do lugar da personagem ficar mais claro: embora a existência dela na trama ainda seja muito dependente de Paul, agora, sim, conseguimos nos conectar aos vários desafios que ela precisa encarar.

No filme de 2021, vimos Paul Atreides crescer não como um “escolhido divino”, mas como uma pessoa projetada minuciosa e incansavelmente para se tornar uma liderança inquestionável, servindo aos interesses de outras pessoas. No segundo longa, quando o protagonista é colocado à prova, os desdobramentos desta missão são para fazer pensar (e temer) em quem escolhemos acreditar, como isso nos divide o quais são, de fato, os verdadeiros interesses.


De forma geral, é como Duna: Parte 2 aumentasse um ponto em todas as qualidades do filme anterior. O visual e o som são ainda mais imersivos, Timothée Chalamet é um protagonista ainda mais conectado com os dilemas de seu personagem e o mundo apresentado é ainda mais visceral. O filme de 2021 fez grandes promessas que – em um respiro aliviado aqui – foram muito bem cumpridas.

Trailer:

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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