Jack, o estripador: Rastro de Sangue (Kerri Maniscalco)

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Ficha Técnica:

Nome Original: Stalking Jack the Ripper
Autora: Kerri Maniscalco
Tradução: Ana Death Duarte
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 354
Ano de Lançamento: 2018
ISBN-13: 9788594541000
Editora: Darkside Books
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Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 91º livro lido em 2022 e foi Jack, o estripador: Rastro de Sangue (Kerri Maniscalco). Este livor é o primeiro volume de uma série de quatro volumes e foi a minha quinta escolha para a TBR de outubro com livros de terror e horror.

O livro inicia-se em 1888, é narrado em primeira pessoa pela protagonista Audrey Rose, que tem o desejo de estudar medicina forense mesmo que seu pai, e até a sociedade, digam que não.


Audrey Rose estuda com seu tio, que é um médico forense conhecido e tem outro aluno ávido: Thomas Cresswell. Alguns assassinatos começam a acontecer logo após o início da história, dando indícios de um mistério envolvente por vir. Audrey logo é compelida a investigar, já que as ocorrências acontecem com mulheres, e seu tio mantém contato direto com a investigação oficial.

A perspectiva do mistério torna a história bem mais curiosa, e um dos pontos mais marcantes do livro é a ambientação. Por mais que o livro seja narrado em primeira pessoa, Audrey mantêm as descrições bem fiéis, com sentimentos e falas comuns da era vitoriana. A leitura lembra muito a narrativa de Sherlock Holmes, que seria como se, da mesma forma como Watson narra as aventuras de Sherlock, Audrey Rose também conta sua perspectiva junto com Thomas Cresswell, um personagem com aspectos semelhantes ao de Sherlock.

Conforme a investigação toma forma, fica mais visível com qual assassino os personagens estão lidando. É uma obra que segue com elementos bem fiéis aos dos acontecimentos envolvendo o Jack, Estripador. A forma como a autora mesclou o real e a ficção é bem interessante, e fica para o leitor o poder de imaginar como finalmente as coisas tomaram forma, assim como o desfecho do caso.


Eu me envolvi com a narrativa de forma muito fácil. A protagonista é extremamente carismática e  é fácil ter empatia por ela, mas o que me ganhou no livro foi o fato de existir um romance e ele não ser o foco central da narrativa, já que o que o enredo nos conta é que mulheres estão morrendo na mão de um assassino sádico e isso sem dúvida, é mais importante que mais uma história de amor.

Quanto à investigação, Audrey começa a ser bem presente quanto ao andamento de todo o mistério, portanto ela fica bem ciente dos acontecimentos. Como ela, o leitor também consegue imaginar quem seria o assassino, assim como idealizar o motivo de suas ações. Para mim, achei que algumas ações dos personagens, até mesmo do serial killer, girassem perto demais da vida de Audrey Rose, portanto, foi fácil descobrir quem era o culpado, mesmo que ainda surgissem dúvidas.

Mas apesar de ser o segundo plano na história, as interações de Audrey e Thomas são excelentes. Os dois passam a interagir mais pelos estudos e investigação, e surge uma certa implicância mais zombeteira entre eles. Thomas é um rapaz provocativo, com ótimos traços de deduções, e é incrível como fica fácil gostar dele. Audrey reluta em admitir alguns sentimentos sobre ele, e os diálogos dos dois deixa a história com um toque de um possível romance iminente.

Como meu primeiro contato com a escrita da autora, eu fiquei encantada, ainda que o fio condutor da história seja sinistro A autora consegue desenvolver os personagens e deixar o leitor muito curioso quanto a tudo e isso sempre agrega muito a mim.

O desfecho do caso de Jack, o Estripador ocorre aqui mesmo, dando a entender que cada livro possui um mistério e investigações distintas, porém protagonizados pelos mesmos personagens. O final deste livro é o gancho perfeito para seguir com a leitura do próximo e se eu tivesse o segundo volume em mãos, trataria de ler o mais rápido possível.


As questões sobre sociedade e os direitos das mulheres são discutidas inúmeras vezes durante a leitura, o que dá um aperto no coração pela realidade que já existiu, assim como nos faz torcer para a protagonista se manter forte. Audrey é um exemplo de persistência, que nos traz dúvidas e questionamentos relevantes, e tem um desenvolvimento ótimo.

Eu gostei demais!!!


Um pouco sobre a vida da autora:
Kerri Maniscalco cresceu em uma casa semi-assombrada nos arredores de Nova York, onde alimentou o seu fascínio por cenários góticos. Em seu tempo livre, ela lê tudo o que pode, cozinha todos os tipos de comida com sua família e amigos e bebe muito chá enquanto discute os pontos mais delicados da vida com seus gatos.

Seus livros publicados no Brasil são:

Rastro de Sangue -  Jack, o Estripador
Rastro de Sangue - Grande Houdini
Rastro de Sangue - Príncipe Drácula
Rastro de Sangue - Holmes o Maligno 
Reino Das Bruxas: Irmandade Mística
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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