Filme da vez #125 Thor – Amor e Trovão

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

FICHA TÉCNICA:

Título Original: Thor: Love and Thunder
Ano de Produção: 2022
Lançamento no Brasil: 07 de julho de 2022
Duração: 119 minutos
Gênero: Aventura e Ação
País de Origem: Estados Unidos
Classificação 12 anos
Direção: Taika Waititi
Elenco: Chris Hemsworth, Christian Bale, Matt Damon, Natalie Portman, Tessa Thompson, Ben Falcone, Bradley Cooper, Brett Goldstein, Chris Pratt, Dave Bautista, Idris Elba, Jaimie Alexander, Karen Gillan, Kat Dennings, Luke Hemsworth, Melissa McCarthy, Pom Klementieff, Russell Crowe, Sam Neill, Sean Gunn, Stellan Skarsgård, Taika Waititi.
Sinopse: Thor encontra-se em uma jornada diferente de tudo que ele já enfrentou – uma busca pela paz interior, mas sua aposentadoria é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda do Rei Valquíria, Korg, e da ex-namorada Jane Foster que – para surpresa de Thor – inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, revelando-se a Poderosa Thor. Juntos, eles embarcam em uma angustiante aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança do Carniceiro dos Deuses e detê-lo antes que seja tarde demais.

Oi gente que ama livros, hoje venho comentar com vocês o que achei do filme Thor – Amor e Trovão, que eu conferi no cinema na última semana.

Algumas críticas mais que frequentes sobre os filmes da Marvel falam do visual chapado, vilões pouco elaborados e personagens femininas mal desenvolvidas. O mais novo capítulo da saga de heróis, Thor: Amor e Trovão faz de tudo para se afastar dessas tradições e, quando se fala de estética, vilão e heroína, o novo filme de Taika Waititi só acerta. No entanto, é uma pena que tenha feito essa escolha de modo tão desequilibrado.


Não é que o novo filme do Deus do Trovão não tenha uma boa história em mãos: é uma ótima premissa o retorno de Jane Foster como a Poderosa Thor, personagem que salva a cientista de seu já avançado câncer, para ajudar Thor, Korg e Valquíria a eliminar Gorr e sua ameaça de assassinar todos os deuses e nem que Amor e Trovão deslize no estabelecimento dessa ideia. Há pouco interesse em contar uma história. A ordem de acontecimentos é tão acelerada e tão mais apoiada em humor, música e estética, que a empreitada deixa para trás a complexidade de seus personagens, resultando em uma falta de força emocional para todos os arcos – mas principalmente o do próprio protagonista. 

É como se a produção se apoiasse no admirável talento humorístico de Hemsworth e esquecesse que uma história é muito mais legal de acompanhar quando o protagonista demonstra fragilidades reais. Enquanto existe um esforço em fazer de Thor um ser mais vulnerável, Amor e Trovão não foge da tradição do MCU de distrair qualquer emoção real com humor, algo que pelo menos no contexto de uma comédia assumida faz sentido. A faceta sensível do Deus do Trovão já havia tomado centro em seu envolvimento com os Guardiões da Galáxia e não é nenhuma novidade. O arco do herói em Amor e Trovão não sai dos mesmos ensinamentos que ele já havia adquirido ao lado de Peter Quill – que, aliás, aparece aqui ao lado de seus companheiros de modo bizarramente deslocado, em uma sequência inicial que parece ter sido filmada em outro estúdio e outra época. 

Portanto, a carga emocional do filme recai sobre os ombros de Natalie Portman e sua nova Jane Foster, cujo arco de batalha contra o câncer e a busca de uma salvação temporária que a distrai de sua condição teria tudo para entregar ao MCU um peso humano que ele mesmo não vê, talvez desde Pantera Negra. Mas enquanto Jane usa as forças para esquecer de sua própria realidade, encontra dificuldade em equilibrar uma trama tão séria e real a um contexto tão fanfarrão. 


Quando engata na viagem de Thor, Jane, Korg e Valquíria, Amor e Trovão funciona por suas piadas e serve bem como comédia romântica, uma repleta de boas escolhas de atuação. Christian Bale é abençoado com um bom papel vilanesco e realmente cria algo mais assustador que o comum para o estúdio (mesmo para o universo que recebeu tanto crédito por “entrar no terror” em Doutor Estranho 2); e os poucos relances de uma amizade entre Jane e Valquíria são bem carismáticos. No entanto, o reencontro de Thor e Jane é sacrificado pelo insistente humor, que não é interrompido para sentir o peso que a reunião poderia ter. 


Fato é que o quarto filme solo de Thor parece uma produção com déficit de atenção, desinteressado em prolongar conversas reais e raramente escolhe respirar para deixar seus acontecimentos durarem mais que meros segundos. É uma pena, porque ver o Marvel Studios entregar um filme com menos de duas horas deveria ser um alívio. No fim das contas, a duração é longa demais para um filme que não quer investir na trama e curta demais para uma história que envolve reencontros, câncer e assassinato de deuses.


Tudo isso só chama tanta atenção porque Waititi fez tão bem sua primeira empreitada no Marvel Studios e porque Amor e Trovão acerta em cheio em tantos aspectos. Ao vir na sequência de Doutor Estranho 2, que já havia introduzido uma estética surpreendentemente bonita para o MCU, Thor: Amor e Trovão é assombrado por seu antecessor e pelos acertos de seu próprio diretor em Ragnarok. A ideia de entregar um filme exagerado e brega como o melhor do hard rock dos anos 80 é ótima, uma pena que tenha deixado de lado o tão importante melodrama, que fez do gênero tão único até hoje. 

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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