Filme da vez #124 Elvis

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

FICHA TÉCNICA:
Título Original: Elvis 
Ano de Produção: 2022 
Lançamento no Brasil: 14 de julho de 2022
Duração: 159 minutos
Gênero: Biografia, Drama e Musical
País de Origem: Estados Unidos 
Classificação: 12 anos
Direção: Baz Luhrmann
Elenco: Austin Butler, Kodi Smit-McPhee, Olivia DeJonge, Tom Hanks, Adam Dunn, Alton Mason, 
Charles Grounds, Dacre Montgomery, David Wenham, Gareth Davies, Helen Thomson, Jaz Sebastian, Josh McConville, Kate Mulvany, Kelvin Harrison Jr., Leon Ford, Luke Bracey, 
Natasha Bassett, Richard Roxburgh, Shonka Dukureh, Xavier Samuel.
Sinopse: A cinebiografia de Elvis Presley acompanhará décadas da vida do artista (Austin Butler) e sua ascensão à fama, a partir do relacionamento do cantor com seu controlador empresário "Colonel" Tom Parker (Tom Hanks). A história mergulha na dinâmica entre o cantor e seu empresário por mais de 20 anos em parceria, usando a paisagem dos EUA em constante evolução e a perda da inocência de Elvis ao longo dos anos como cantor. No meio de sua jornada e carreira, Elvis encontrará Priscilla Presley (Olivia DeJonge), fonte de sua inspiração e uma das pessoas mais importantes de sua vida.
Oi gente que ama livros, hoje venho com os meus comentários sobre o filme Elvis que fui conferir no cinema depois de ouvir muitas críticas mega positivas sobre a produção. Já adianto que me junto à todas as pessoas que curtiram o filme, eu particularmente adorei.

O filme Elvis percorre a trajetória do músico da juventude até a morte trágica após uma parada cardíaca aos 42 anos de idade em 1977. O diretor acerta logo no início, ao escolher um viés original e instigante para contar esta história: o longa aborda, em especial, o relacionamento entre Elvis e seu empresário, Coronel Tom Parker, uma figura controversa interpretada por Tom Hanks de visual completamente transformado e caricato.


Parker gerenciou a carreira de Elvis Presley durante mais de 20 anos, sempre com rédeas curtas e obsessão por controle: o empresário não permitiu que o cantor se apresentasse fora dos Estados Unidos, além de ter sido autor de contratos absurdos em benefício próprio.

O filme se atém mais à superfície de uma relação cheia de complexidades – que talvez seja mais familiar para as gerações anteriores, mas não para o público mais jovem. São ótimos os momentos em que a narração de Tom Hanks entrega a visão do empresário sobre seu artista, mas, sem ilustrar as contradições com mais detalhes, Elvis se torna uma figura passiva de sua própria história.

Ao escolher retratar a carreira de Elvis praticamente do começo ao fim, o diretor Baz Luhrmann abraçou o desafio de condensar mais de 20 anos em pouco mais de duas horas. Nesta corrida desenfreada, alguns momentos passam em um piscar de olhos, o que pode ser um problema para quem já conhece a vida do cantor: episódios importantes como a presença da mãe, o trabalho de Elvis como ator ou mesmo a relação do artista com a comunidade negra em que cresceu são pincelados e dão lugar a cenas mais longas do período de residência em Las Vegas - passagem crucial para contar a história, claro, mas não a única.

A paixão e a habilidade do diretor para criar extravagância é forte e, sem dúvidas, onde o cineasta se sente completamente à vontade. Assim, a montagem das apresentações do Elvis Presley são o ponto alto da cinebiografia. Não é à toa que hits como Suspicious Mind, I Can’t Help Falling in Love, entre outros, têm uma energia imortal. O diretor tira máximo proveito dessa genialidade musical para criar cenários mágicos e imersivos, que conseguem trazer para a tela a essência do magnetismo e do impacto de Elvis Presley na música.

Existem passagens muito rápidas e a sensação de assistir a trechos soltos de uma grande história é legítima, porém os momentos em que o protagonista faz suas performances são de arrepiar. Entramos em uma parte fundamental: o talento de Austin Butler, ator que dá vida à Elvis na tela.

Ele é um excelente Elvis Presley. Vindo de produções teen como The Carrie Diaries e Zoey 101, Austin Butler recebeu a missão quase impossível de não se tornar mais um entre os incontáveis sósias e imitadores de Elvis Presley e conseguiu.

É notório o estudo que o ator de 30 anos fez sobre seu personagem e a clareza de sua visão sobre o trabalho a ser executado. “Vemos Elvis como um ícone e foi uma felicidade encontrar uma forma de tirar isso da frente, encontrar a naturalidade”, disse ele na coletiva de imprensa em Cannes. De fato, esta foi a chave para o trabalho bem-sucedido: encontrar o homem além da lenda.

O Elvis Presley que encontramos no filme parece profundamente vulnerável, muitas vezes absorto em seu próprio universo e funcionando em uma frequência diferente das outras pessoas. Não há nada de “heroico” no personagem e Austin oferece uma performance sensível e que não deixa de lado o carisma e o magnetismo que tornaram o artista um ímã de paixões incontroláveis.

Criar um espetáculo em torno de uma figura dessa magnitude virá sempre sob expectativas altas, com nenhuma culpa do público nisso. Elvis Presley e Freddie Mercury, são ícones cujas histórias são amplamente conhecidas: nós já sabemos que as vidas desses artistas foram cheias de altos e baixos. A vontade é ter uma visão melhor dos detalhes, uma ideia de como funcionava a mente de pessoas tão geniais, que se destacaram tanto e se tornaram imortais na história.


Temos um filme com personalidade, que faz brilhar os olhos por sua identidade própria, que explica ao público mais jovem como surgiu uma das maiores avalanches culturais de todos os tempos e por que Elvis Presley é um fenômeno irresistível.

Eu adorei e até o momento, foi o melhor filme que eu conferi no cinema em 2022.

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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