A Menina que Brincava com Fogo (Stieg Larsson)

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Ficha Técnica:
Nome Original: Flickan Som Lekte Med Elden
Autor: Stieg Larsson
País de Origem: Suécia
Tradução: Dorothée de Bruchard
Número de Páginas: 611
Ano de Lançamento: 2003
ISBN-13: 9788535914221
Editora: Companhia das Letras

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 56º livro lido em 2020 e foi A Menina que Brincava com Fogo (Stieg Larsson), Este livro é o segundo volume da trilogia Millenium e minha terceira escolha para a Maratona de Releituras de 2020. Li este livro pela primeira vez em 2010, logo após ler o primeiro, Os Homens que Não Amavam as Mulheres, adaptado para o cinema duas vezes, pelo cinema sueco e americano. As duas adaptações são excelentes e isso tornou o livro bem popular, bem como suas sequências.

O primeiro livro traz a história de Mikael Blonkvist, um jornalista condenado por calúnia após publicar uma matéria em que ele não pode confirmar suas fontes. Antes de ir para a prisão ele é contratado por um magnata para que descubra o paradeiro de sua sobrinha desaparecida há mais de 40 anos. Para ajudá-lo, ele contrata Lisbeth Salander, uma mulher inteligentíssima, mas com pouca habilidade social que vai além de ajudá-lo, salvar sua vida.


A trama do primeiro livro é brilhantemente encerrada nele e este volume traz um outro plote, ainda mais envolvente do que o primeiro: temos Lisbeth sendo envolvida na cena de um assassinato triplo. Uma das vítimas é o tutor de Lisbeth que no primeiro livro desperta o ódio de todos os leitores sensatos do mundo e quando ele aparece morto, até nos questionamos se Lisbeth não é a assassina. 

As outras duas vítimas deste homicídio são Dag e Mia, um casal que se tornou amigo de Mikael por investigarem o tráfico de mulheres na Suécia e assim que Mikael descobre que Lisbeth é a principal suspeita do assassinato, ele sabe que ela é inocente. Parte desta certeza se baseia na confiança desenvolvida em Lisbeth no primeiro livro e também porque ele sabe que Dag e Mia seriam parceiros de Lisbeth na luta contra a exploração da prostituição no país. Embora Mikael ignore o fato de Lisbeth conhecer Dag e Mia, sabe que se ela estivesse envolvida, seria para apoiá-los, nunca para matá-los.


O livro reafirma todas as características dos personagens principais desenvolvidas no primeiro volume, com um acréscimo muito positivo da história pregressa de Lisbeth. No primeiro livro nos afeiçoamos a ela em função de seu forte senso de justiça e neste torcemos para que tudo seja esclarecido porque temos acesso ao seu passado e sua vida difícil na infância e adolescência. 

Me lembrava que tinha gostado muito deste livro, mas fui surpreendida por amar a obra ainda mais nesta releitura, pois a lembrança afetiva era forte, mas agora pude absorver melhor várias nuances interessantes de uma boa narrativa. O fio condutor deste enredo se baseia em desmascarar autoridades políticas e policiais que também estão ligadas à infância de Lisbeth e isso torna a história muito intensa. As cenas de ação e perseguição são verdadeiras coreografias narrativas. Existe também muitas cenas de violência e algumas de cunho sexual, bem gráficas e desconfortáveis.

O final do livro é aberto, em um grande cliffhanger que só será concluído no terceiro volume, mas isso não é algo negativo porque entendemos que as seiscentas e onze páginas utilizadas para desenvolver essa premissa foram necessárias para nos ambientar no cenário e entender as motivações dos dois lados da história.


Embora Lisbeth seja a protagonista do enredo e o faça muito bem com sua personagem peculiar, Mikael me surpreendeu positivamente por não ter a menor dúvida que independente do que pode ter acontecido, ele ajudará Lisbeth a qualquer preço.

Como puderam perceber, eu adorei reler este livro e sem dúvida, o classifico como o melhor segundo livro de todas as trilogias e séries que já li na vida, independente do gênero. Em nenhum momento é um livro de transição como acontece em segundos volumes, tem sua própria força com um enredo original, pertinente e muito bem escrito. O livro funciona sem a leitura do primeiro? Não indicaria porque algumas características exploradas no primeiro livro servem de background para este segundo volume. De qualquer forma, os dois livros estão muito perto da perfeição!!!

Enfim, adorei! Sensação de satisfação plena ao encerrar esta leitura!


Um pouco sobre o autor: Stieg Larsson nasceu em 1954 e faleceu em 2004. Foi fundador e editor-chefe da revista sueca Expo, que denuncia grupos neofascistas e racistas. Especialista na atuação das organizações de extrema direita em seu país, é coautor de Extremhögern, livro que coloca o assunto em evidência. Morreu em sua casa, vítima de um ataque cardíaco, pouco depois de ter entregado os originais dos romances que compõem a trilogia Millennium. Seus livros publicados no Brasil são:
  • Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
  • A Menina que Brincava com Fogo
  • A Rainha do Castelo de Ar
Comentários
3 Comentários

3 comentários :

  1. Olá, tudo bem? Eu sou APAIXONADA por todas as adaptações cinematográficas dessa história, mas ainda não tive coragem de encarar os livros por conta de não ter um final do próprio autor. Gostei de saber que amou a história, e já vou preparada para encontrar cenas fortes, então quem sabe um dia?! Ótima resenha!
    Beijos

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  2. Oi Ivi!
    Assim como você estou fazendo releituras de alguns livros e está sendo sensacional pois descubro do porque não abrir mão desses volumes kkk. Essa série lembro de ter ouvido falar, mas vagamente, e agora lendo sua resenha fiquei curiosa em desvendar esses crimes também, mas vou começar do primeiro. Obrigado pela dica, parabéns pela resenha, bjs!

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  3. Oie, tudo bem? Faz pouco tempo que conheci o autor e achei incrível ver tantos elogios sobre a escrita dele. Não sabia que já tinha falecido, uma pena. Tenho um dos volumes de Os homens que não amavam as mulheres, mas descobri que é uma série então terei que ler na sequência. Esse que indicou ainda não tinha visto. Um abraço, Érika =^.^=

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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