Fahrenheit 451 (Ray Bradbury)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Ficha Técnica:
Nome Original: Fahrenheit 451
Autor: Ray Bradbury
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: Donaldson M. Garschagen
Número de Páginas: 193
Ano de Lançamento: 1953
ISBN-13: 9788525052247
Editora: Círculo do Livro

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 10º livro lido em 2020 e foi Fahrenheit 451 (Ray Bradbury). Eu já tinha ouvido falar porque afinal de contas o livro é um clássico universal, porém nunca tive vontade de ler até a Bienal do Rio do ano passado e toda aquela palhaçada do prefeito da cidade proibir determinados livros. Ouvi e li tantos comentários que a situação na bienal parecia o enredo deste livro que a minha curiosidade foi instigada e fui atrás desta história.

O livro nos traz o Guy Montag, bombeiro muito tranquilo, em paz com sua vida e casado com Mildred, que passa o dia inteiro assistindo televisão. Guy tem a vida sob controle, porém a profissão de bombeiro no universo deste livro não é como nós a conhecemos. Lá os bombeiros não apagam fogo, na verdade colocam fogo em livros. Isso mesmo, a literatura é proibida neste lugar e os bombeiros verificam denúncias sobre pessoas que insistem em manter livros em suas casas. As pessoas aprendem a ler, mas somente para ler as revistas que trazem as grades da programação de TV ou coisas irrelevantes. As pessoas já não ficam mais tanto tempo na escola porque não é necessário aprender tanto e desta forma, o governo consegue manipular a população como for conveniente. 


Alguns fatos acontecem e despertam Guy para o fato de que esta realidade não é saudável. Ele conhece Clarisse, uma vizinha recém-chegada, percebe que ela consegue conversar sobre coisas além da televisão e desconfia que ela é mais inteligente que o resto das pessoas que o cercam. Outro momento é quando Guy chega em casa, encontra a esposa desacordada em função de ter exagerado na dose de um medicamento e percebe que quando ela volta a si, encara o fato com normalidade, como se fosse normal estar entorpecida. Logo, Guy percebe que a população geral está da mesma forma: entorpecida pela ignorância, mas o que realmente o choca é quando vai colocar fogo em uma biblioteca particular e a dona desta biblioteca decide que morrerá junto com os livros, então Guy começa a entender que livros são capazes de mudar pessoas.

É a partir desse ponto que Montag abre seus olhos e passa a questionar o status quo. Para tal, o bombeiro conta com a ajuda de Clarisse. O desenrolar da história é repleto de tensão, afinal, ao desafiar a ordem natural das coisas, Guy acaba vivendo de forma excruciante! 


Fahrenheit 451 é um livro fácil, mas nem por isso acaba sendo raso. Muito pelo contrário: indagações filosóficas são feitas e instigam o leitor a pensar no que o mundo se tornaria caso os livros fossem realmente abolidos. Vale uma observação: o livro foi escrito em 1953, período pós Segunda Guerra, carrega duras críticas à opressão anti-intelectual nazista e demonstra a apreensão do autor sobre a ótica de uma sociedade autoritária. A partir desse sentimento foi fácil perceber a semelhança entre as ocorrências da última bienal do Rio com a narrativa intensa e extremamente pertinente. O autor finaliza a obra com maestria e um toque de sutileza que me emocionou e me fez ficar pensando na história por muito tempo.

Sem dúvida este livro entrou para os meus favoritos da vida e lamento muito não ter lido esse enredo antes. 


Para quem gosta de ficção científica, o livro é considerado um dos melhores do gênero e para quem quer começar a ler um pouco mais desta temática, acredito que seja uma excelente porta de entrada. 

Eu adorei!!!


Um pouco sobre o autor: Ray Douglas Bradbury nasceu em Waukegan, no dia 22 de agosto de 1920 e é um escritor de contos de ficção-científica norte-americano de ascendência sueca. Foi o terceiro filho de Leonard e Esther Bradbury, por causa do trabalho de seu pai (Técnico em instalação de linhas telefônicas), viajou por muitas cidades dos EUA, até que em 1934 sua família fixou residência em Los Angeles, Califórnia. Alguns de seus livros publicados no Brasil são:
  • Fahrenheit 451
  • Terror a bordo
  • Crônicas Marcianas
  • As Melhores Histórias de Viagens no Tempo
  • A Árvore do Halloween
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




.

Colunistas

sq-sample3
Kesy
sq-sample3
Kelly
sq-sample3
Laís

Facebook

Instagram

Lidos 2024

Filmes

Meus Livros

Músicas

Youtube


Arquivos

Twitter

Mais lidos

Link-me

Meu amor pelos livros
Todas as postagens e fotos são feitas para uso do Meu amor por livros. Quando for postado alguma informação ou foto que não é de autoria do blog, será sinalizado com os devidos créditos. Não faça nenhuma cópia, porque isso é crime federal.
Tecnologia do Blogger.