Oi gente que ama livros, hoje venho com mais um post da coluna Séries do Meu Coração e compartilharei com vocês o meu amor por mais uma série apaixonante.
A série do mês é Rita.
Rita é uma série de TV
dinamarquesa de comédia dramática. Ela estreou em fevereiro de 2012 e tem
quatro temporadas.
A série gira em torno de Rita
Madsen, uma mãe solteira, professora obstinada e nada convencional. Depois
de assistir Merlí e ter simplesmente
adorado, procurei outras séries que tivessem professores como protagonistas e
me indicaram essa série.
Meu encantamento com este seriado também foi maravilhoso e o que mais
eu gostei neste enredo é a veracidade nas relações humanas que se estabelecem no
roteiro. A maioria das obras televisivas ou cinematográficas que retratam o
cotidiano escolar sempre recai na falta de verossimilhança e isso não acontece no
caso de Rita.
A maioria mostra uma escola idealizada e fantasiosa demais, onde todos
os alunos são excelentes, comportados e fazem projetos de ciências de fazer
inveja aos cientistas da Nasa. Ou caem no estereótipo clichê da escola onde os
alunos são monstros sádicos e destruidores, que precisam do toque mágico de
algum professor que os transforme em seres humanos. Trazendo um olhar frio e cínico sobre este
universo, a série dinamarquesa Rita
é um diferencial interessante.
O foco da trama é a vida pessoal e profissional da protagonista, uma
professora desbocada e politicamente incorreta, com três filhos bem pouco
tradicionais: a disléxica Molly, o
desajustado Ricco e o adolescente se
descobrindo homossexual Jeppe.
O ambiente escolar é uma verdadeira comédia, com figuras tragicômicas
como a professora Hjørdis, que
realmente acredita no que faz e com seu jeito atrapalhado e ingênuo acaba sendo
o contraponto de Rita e o diretor Rasmus, certinho demais para estar na
órbita da força incontrolável que a protagonista pode ser.
As temporadas com 8 episódios cada, não buscam grandes histórias
polêmicas e segredos mirabolantes para segurar o espectador. Ela é uma comédia
de cotidiano: os encontros e desencontros de Rita e as pessoas com que ela convive, seja em casa ou no trabalho.
A polêmica acontece e alguns mais conservadores podem ver isso como um
“mau exemplo”, mas ao mostrar temas considerados tabus, a série simplesmente
desconstrói algumas questões. O principal ponto polêmico da série vem
exatamente da intensa vida sexual da protagonista, mais por ela ser mulher do
que é realmente mostrado. Muitas outras produções colocam personagens
masculinos fazendo a mesma coisa e são louvadas exatamente por isso.
Um dos pontos mais bem explorados é a interação de Rita e dos demais professores com os
alunos. Nenhum aluno é mostrado como um estereótipo ambulante. Claro que os
tipos básicos estão lá: o atleta, a popular, os excluídos. Mas, até por não ter
a carga cultural americana, você não tem a figura de um looser, nem o aluno “popular e babaca” e que é babaca o tempo todo.
São retratados adolescentes e crianças normais, capazes de atitudes cruéis uns
com os outros e com os professores, mas não os gênios do crime que algumas
séries e filmes querem mostrar.
Os professores também estão calcados na realidade. Na escola de Rita, não existe nenhuma “professora Helena”, que transforma a vida dos
alunos, nem aquele professor que vem com um método inovador e descolado e
conquista a todos.
Eles são seres humanos, capazes de erros e acertos, que podem tomar
atitudes moralmente repreensíveis, mas que cada espectador entende o porquê.
Eles reclamam dos alunos, tomam decisões vingativas, possuem os seus favoritos,
mas também fazem muitas coisas fora do padrão para defender seus alunos.
E para dar um “tapinha” no complexo de inferioridade que muitos
brasileiros possuem, a série mostra como as escolas enfrentam seus problemas
financeiros, descaso pelas autoridades e até a omissão dos problemas reais da
escola para reeleger políticos corruptos também na desenvolvida Dinamarca.
Uma série bem interessante para fugir do lugar comum e de quebra
conhecer uma cultura interessante e diferente da nossa, mas que por ser tão
pessoal, é muito próxima.
Eu não consegui assistir com o áudio original em dinamarquês, mas há a
versão dublada e eu não tive problema nenhum com isso. Vale a pena maratonar
porque a série é excelente.
Assista o trailer:
Oi tudo bem?
ResponderExcluirTambém sou uma grande fã de séries dinamarquesas, principalmente da série skam, na qual eu amo de paixão.
Ainda não conhecia essa série Rita, mas fiquei bem interessada, obrigada pela dica
Oi, Ivi!
ResponderExcluirGente, acho que nunca vi uma série dinamarquesa. Achei tudo! Anotei a dica.
Beijos
Balaio de Babados
Oi Ivi tudo bem? Ainda não assisti essa série e me parece muito boa, gosto muito de assistir esse tipo de drama tanto familiar ou por ela ser professora, tem muitas lições a nos dar. Obrigado pela dica vou procurar, parabéns pelo post, bjs!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirGosto da ambientação que a série traz. Escolas, universidades, sempre me chamam atenção. Não sabia que existia essa série, mas confesso que fiquei curiosa para conhecer mais da personagem, apesar de não ter achado ela tão diferente assim.
Beijos!
Camila de Moraes
Olá Ivi!!!
ResponderExcluirGostei da ideia da série "Rita", pois como você disse quebra o estereótipo que se faz de toda produção que se passa dentro do ambiente escolar.
É interessante que essas séries que você apontou que traz nesse ambiente pega os professores como protagonista, mas não coloca ele como um redentor acerca dos seus alunos e sim mostra problemas que todas as pessoas passam.
Adorei!!!
lereliterario.blogspot.com