Ficha
Técnica:
Nome Original:
The ship of brides
Autora:
Jojo Moyes
País de Origem: Inglaterra
Tradução:
Flávia Rössler
Número de Páginas: 384
Ano de Lançamento: 2016
ISBN: 978-85-8057-995-6
Editora: Intrínseca
Fiquei animada com vários livros
novos de Jojo Moyes e decidi começar por esse, que me chamou a atenção pelo título
curioso. Logo após os agradecimentos, a autora explica que a história foi
inspirada na viagem de sua avó, que partiu em 1946 no porta-aviões HMS Victorious junto a outras 654 noivas (algumas já esposas) para encontrar seus noivos ou maridos, oficiais em serviço no exterior. Antes de
cada capítulo, há citações reais de esposas, oficiais que trabalharam no navio
e publicações da época, o que a torna ainda mais real.
A história é dividida em três partes:
A primeira relata a expectativa e preparação das esposas para a viagem. Na
segunda parte já é o momento do embarque em 1946 e Margaret (Maggie) descreve o
lugar e as sensações, além da aventura de embarcar com “algo” proibido.
Margaret é esposa de Joe, está
grávida, é muito compreensiva e a mais calma entre as companheiras de quarto. As
outras são Avice (noiva de Ian), Jean (noiva de Stan) e Frances (esposa de “Chalkie”).
Avice é bonita e esnobe, não se cansa de dizer que participa da alta sociedade;
Jean tem 16 anos e é a mais nova entre elas, divertida e inocente em alguns
aspectos, age sem pensar nas consequências. Frances é a personagem mais
interessante, enfermeira e centrada, mas misteriosa e com um segredo que pode
mudar sua viagem. Os únicos capítulos que relatam o passado são sobre Frances,
bem detalhados e explicam sua personalidade.
Também são apresentados os oficiais
que trabalham no navio, como o comandante Highfield, preocupado com a sua
última viagem e o que fará após se “aposentar” e o fuzileiro naval Henry Nicol,
um dos responsáveis pelas rondas e por manter a ordem no navio. O fuzileiro
ganha destaque e se torna personagem importante para a história.
“— Comandante — disse ela —, as únicas pessoas que têm todas as respostas são as que nunca se defrontaram com as perguntas“. - página 304
Há várias informações sobre a
estrutura do navio e também sobre as atividades e comemorações durante a viagem,
além de situações engraçadas e ajustes necessários em um navio com mais de
seiscentas mulheres. Um momento esperado e interessante é a troca de cartas
entre os casais e algumas mulheres recebem notícias inesperadas por meio de
telegramas no navio.
“Os homens que haviam sobrevivido à guerra em melhores condições, ela observara tempos atrás, eram aqueles capazes de viver um dia de cada vez. Aqueles para os quais até os mínimos prazeres da vida contavam” – página 279
A cada capítulo, é mencionada a
quantidade de dias faltantes para a chegada ao destino, o que gera clima de
ansiedade também no leitor. Quando faltam 2 dias para o destino, uma situação
crítica coloca a vida de todos em risco. A terceira parte se passa no ano de
2002, citando as noivas que participaram da viagem. O livro demonstra a
importância de oferecer (ou se dar) uma segunda chance e de que todos têm direito
a felicidade.
“Porque eu poderia ter continuado ali por um dia, por uma noite, ou até mesmo para sempre, mas, às vezes, o que se precisa fazer é colocar um pé na frente do outro e seguir adiante”. – página 373.
Reconheço que esperava mais do
livro, já que quase na metade da história, ainda não tinha acontecido nada
impactante para mim, o que tirou a minha empolgação inicial. Só achei a leitura
válida pelo conhecimento de um acontecimento real e poder imaginar a expectativa
das mulheres naquela época ao enfrentar a viagem entre a Austrália e a
Inglaterra em um navio porta-aviões.
Um pouco sobre a autora: Jojo Moyes nasceu em 1969 e cresceu em Londres. Trabalhou como
jornalista por dez anos, nove deles no jornal The Independent, de onde
saiu em 2002 para se dedicar integralmente à carreira de escritora. Como eu
era antes de você, seu romance de maior sucesso, vendeu quase oito milhões
de exemplares em todo o mundo, ocupou o topo da lista de mais vendidos
em nove países e foi adaptado para o cinema, estrelado por Sam Claflin (Jogos
Vorazes) e Emilia Clarke (Game of Thrones). Uma das poucas escritoras
no mundo a ter emplacado três livros ao mesmo tempo na lista de mais vendidos
do The New York Times, Jojo mora em Essex com o marido e os três filhos. Seus livros publicados no Brasil são:
- A última carta de amor
- A garota que você deixou para trás
- Baía da esperança
- A casa das marés
- Em busca de abrigo
- Um mais um
- Como eu era antes de você
- Depois de você
- O navio das noivas
- Nada mais a perder
- O som do amor
Oi!
ResponderExcluirDepois de ler "Como eu era antes de você" corri para comprar esse livro, ele já está aqui na minha estante parado a algum tempo e meio que estou adiando ler ele, depois do que você disso sobre "Eu esperava mais" não sei se vou ler tão cedo.
Beijos Squad Of Readers
Kelly!
ResponderExcluirSempre tive curiosidade de ler esse livro justamente porque de certa forma alguns fatos foram baseados na realidade vivida pela avó da Jojo e achei que o livro realmente seria bem mais interessante do que relatou.
“Não pedi coisas demais para não confundir Deus que à meia-noite de ano novo está tão ocupado.” (Clarice Lispector)
FELIZ 2017!
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Oi!
ResponderExcluirNão sabia que esse livro da Jojo era baseado em fatos reais e achei bem interessante ela colocar relatos sobre esse acontecimento, com certeza da um ar bem mais real a historia, mas parece ser uma historia bem calma e mais reflexiva, mas infelizmente não é muito o tipo de historia que gosto de ler !!