Ao Paraíso (Hanya Yanagihara)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Ficha Técnica:

Nome Original: To Paradise 
Autora: Hanya Yanagihara
Tradução: Ana Guadalupe
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 720 
Ano de Lançamento: 2022
ISBN13: 9780385547932
Editora: Companhia das Letras
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Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 120º livro lido em 2022 e foi Ao Paraíso (Hanya Yanagihara). Desde que li Uma Vida Pequena, querida muito ler mais alguma coisa da autora e esta foi a minha escolha, sendo Ao Paraíso seu mais recente lançamento no Brasil.

A sinopse do livro nos diz o seguinte: Em uma versão alternativa dos Estados Unidos de 1893, Nova York integra os Estados Livres, onde as pessoas podem amar quem quiserem (pelo menos é o que parece). Um jovem herdeiro de uma família renomada resiste ao noivado com o pretendente escolhido por seu avô, após cair nas graças de um charmoso professor de música com parcos recursos. Em uma Manhattan de 1993, assolada pela epidemia de aids, um jovem havaiano vive com seu companheiro muito mais velho e endinheirado, escondendo sua infância conturbada e a história de seu pai. E, em 2093, num mundo devastado por pandemias e sob um governo autoritário, a neta traumatizada de um cientista poderoso tenta viver sem ele — e solucionar o mistério dos sumiços do marido. Essas três seções se combinam em uma sinfonia fascinante e engenhosa à medida que temas recorrentes se aprofundam e se relacionam: uma casa em Washington Square Park em Greenwich Village; doenças e tratamentos com custos enormes; riqueza e miséria; a oposição entre fracos e fortes; raça; a definição de família e de nação; os perigos da justiça dos poderosos e dos revolucionários; o desejo de encontrar um paraíso terreno e a percepção gradual de que algo do tipo é impossível. O que une tanto os personagens como esses diferentes Estados Unidos é o ajuste de contas com aquilo que nos torna humanos: o medo, o amor, a vergonha, a falta e a solidão. Ao paraíso é um exemplo formidável de técnica literária, mas acima de tudo é um romance genial na forma como aborda as emoções. Sua grande força resulta da percepção de Yanagihara sobre o desejo angustiante de proteger aqueles que amamos — companheiros, amantes, filhos, amigos e até nossos concidadãos — e sobre a dor que sentimos quando isso não é possível.


O livro nos traz três histórias que se passam com cem anos de diferença entre elas. Ao começar a ler “Ao Paraíso”, de Hanya Yanagihara, é impossível não sentir um estranhamento ao encontrar uma realidade alternativa dos Estados Unidos. Nela, a vigilância social entre os relacionamentos das pessoas é completamente diferente da nossa, e desde em 1893 as pessoas podem amar quem quiserem. 

E é nesse ano que nos aventuramos pela primeira história dessa tríade, onde o local onde nosso protagonista, David Bingham, mora é intitulado de Estados Livres - nomeado assim depois de uma guerra civil; e por mais que David possa casar-se com alguém do mesmo sexo que o seu, a sociedade composta nos Estados Livres possuem diversos preconceitos enraizados, entre eles o de classe. Isso o impede de casar com um professor de origem humilde chamado Edward Bishop. 


Já na segunda parte, intitulada Lipo-wao-nahele, a trama dá um pulo de cem anos e nos encontramos em 1993. O que me surpreendeu nessa segunda parte foi o fato da autora utilizar os mesmos nomes dos personagens que conhecemos na primeira parte, no entanto como pessoas diferentes em situações diferentes. Em uma Nova York consumida pelo surto da AIDS, David é um rapaz havaiano que vive com um homem bem abastado em um cenário que, além de epidemia, conta com diversos problemas no passado. 

Já no terceiro e último ato, chamado Zona Oito, estamos no futuro. 2093 guarda traços de distopia conforme a cidade parece a beira da ruína conforme diversos vírus consumem a população local. Agora, Charles é um cientista que luta para trazer o fim a todo o sofrimento causado por aquelas inúmeras doenças. 

Três histórias que possuem lugares e traços em comum, mas que falam sobre diversas temáticas relevantes, impactantes e de diferentes formas. 

Por mais que essas histórias se conectem de alguma forma, elas podem ser lidas de maneira independente (principalmente o terceiro), e todas elas evocam sentimentos crus e narrativas importantes como o preconceito, o colonialismo e o luto. 


Diferente de Uma Vida Pequena, a narrativa deste livro não me envolveu totalmente desde o começo e embora as características de escrita da autora estivessem na história, me pereceu que desta vez seu objetivo era ganhar o leitor de forma mais comedida.

Gostei da experiência e da leitura, mas imaginava que eu seria outra vez arrebatada por um enredo seu e isso não aconteceu.



Um pouco sobre a autora:
Hanya Yanagihara nasceu em Los Angeles, Califórnia, sendo filha de pai havaiano e mãe coreana. Quando criança, mudou-se frequentemente com sua família, morando no Havaí, Nova York, Maryland, Califórnia e Texas. Publicou seu primeiro romance em 2013, mas só ficou mundialmente conhecida em 2015 com a publicação de Uma Vida Pequena, livro que a levou a ser indicada para os maiores e mais prestigiados prêmios internacionais da literatura. 

Seus livros publicados no Brasil são:
  • Uma Vida Pequena
  • Ao Paraíso
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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