Os Calhamaços de 2022

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022



Oi gente que ama livros, hoje venho compartilhar com vocês os calhamaços que li em 2022. Para mim, calhamaços são livros que ultrapassam as 600 páginas e confesso que adoro um livrão.

Vamos conferir?

1. Inverno no Mundo (Ken Follet) – 880 páginas
Este é o segundo volume da trilogia O Século e o livro é aberto no ano crítico de 1933. Tendo como pano de fundo a “grande depressão mundial” que resultou em um desemprego generalizado e ascensão de Hitler ao poder. Armado de um amplo conhecimento dessa época, o autor arma a trama do livro. Conta as atividades dos camisas pardas consolidando-se no poder, destrói redações de jornais, brutaliza adversários políticos passando por cima do parlamento e todas as práticas bárbaras que desembocam no antissemitismo brutal. O incêndio do Reichtag (parlamento alemão) já revela o primeiro sintoma do que viria a acontecer. Cenas de bandidos uniformizados de camisas pardas roubam um restaurante pertencente a um homem gay e é entregue a cães famintos para que façam o trabalho sujo: trucidar o rapaz. Além dessas bestialidades que aconteceram na vida real, vivenciadas no livro por personagens da ficção, também vemos os deficientes físicos e mentais sendo enviados para um hospital do qual nunca sairão. Praticamente todos os personagens principais de "Queda de Gigantes" reaparecem no novo livro. A maioria deles assume papéis de apoio, enquanto seus filhos assumem a frente de um complexo de narrativas que se cruzam. "Inverno do Mundo" é contado através dos olhos de cinco famílias inter-relacionadas – americana, alemã, russa, inglesa e galesa.
    
2. Outlander – A Viajante do Tempo (Diana Gabaldon) – 800 páginas
O livro traz a Escócia permeada por mitos, crenças pagãs e influências célticas. Com seus misteriosos círculos de pedra e diversas fontes de poder místico, é um cenário rico em folclore e eventos históricos marcantes a serem explorados. Diz uma lenda escocesa que as famosas pedras espalhadas por toda a Grã-Bretanha são, na verdade, círculos de poder que funcionariam como portais, permitindo que pessoas atravessassem uma linha temporal. Claire Randall, uma enfermeira inglesa vivendo sua segunda lua de mel no pós-guerra de 1945, encontra o monumento de Craigh Na Dun e é transportada para 1743 em meio a uma disputa entre escoceses e ingleses, clãs e tramas políticas. As quase oitocentas páginas podem ser intimidantes. A autora não poupa minúcias, detalhes e esbanja completo domínio e segurança em sua escrita, com uma riqueza de acontecimentos, tramas secundárias, personagens, locais e costumes. De modo algum o tamanho de seus livros é em vão. Não falta conteúdo, que além de ser inteligente, é maduro e muito bem dividido entre partes e capítulos. Sempre há alguma tensão alimentando a história e marcando a evolução dos personagens e da narrativa. Tanta informação não torna a leitura lenta porque tudo é muito interessante, inclusive o detalhamento nas descrições. A autora escreve com paixão contagiante, de forma limpa, clara e sem meias palavras. Suas cenas de lutas e violência são tão bem escritas quanto as cenas mais românticas, tudo cuidadosamente realista e bem construído. Cada situação nos permite vivenciar cada momento, do mais belo ao mais grotesco, junto com as personagens.

3. Eternidade por Um Fio (Ken Follet) – 1072 páginas

Ken Follett fecha a sua trilogia do século muito bem. É um retrato do final do século XX, da guerra fria, da luta pelos direitos civis nos EUA e do colapso da URSS. Um bom livro e, acima de tudo, um bom final para a trilogia. Estamos na terceira geração das famílias que começamos a seguir em “Queda de Gigantes” e, lamento informar, nenhum dos personagens é tão envolvente como Maud ou Daisy dos livros anteriores, mas isso não chega a ser um problema. Em A Eternidade por Um Fio o importante são os acontecimentos, a subida do muro de Berlim, a crise dos mísseis em Cuba, os assassinatos dos Kennedys, e tudo o que as últimas décadas do século passado trouxe para a história da humanidade. Follett cria personagens e suas famílias e os coloca como testemunhas ou participantes de eventos que mudaram e moldaram o mundo. A história do mundo nos é trazida de forma envolvente e instigante e é tão didático quanto estar numa sala de aula. Esse terceiro livro é o fechamento de um projeto que começou umas 2000 páginas antes e o leitor, na teoria, já se envolveu com essas famílias, tem os seus personagens preferidos, torce e se envolve com a sua história. Nesse terceiro livro, há muitos romances, mas suas histórias são ofuscadas pelo que acontece a sua volta. O grande mérito desses personagens é nos conduzir por 30 anos recheados de acontecimentos. Talvez por esses acontecimentos estarem mais próximos de mim, pois faço parte de uma geração que assistiu à queda do muro de Berlim pela TV, me envolvi mais e sabia a sequência dos acontecimentos. O discurso de Martin Luther King, o assassinato de John Kennedy, a primavera de Praga, todos fatos históricos que sei precisar no tempo e suas consequências posteriores, assim como sei de forma mais clara sobre o que é relatado nos livros anteriores. É o efeito da proximidade com o relato.

4. Uma terra prometida (Barack Obama) – 784 páginas

Barack Obama liderou a maior nação do mundo por 8 anos. Naturalmente, chegar ao cargo mais importante do planeta não é uma tarefa simples e fácil. Na primeira parte de sua biografia intitulada “Uma Terra Prometida” ele passa sua história a limpo. Os ganhos e as perdas, as batalhas e um amplo resumo de sua vida. Mais do que um livro biográfico, Uma Terra Prometida é uma obra que ultrapassa diferentes camadas literárias. Na primeira parte de sua biografia, Barack Obama apresenta todo o caminho que trilhou até a conclusão de seu primeiro mandato como presidente dos Estados Unidos. Transpassar tanta informação, obviamente, não seria uma tarefa simples. O livro é dividido em capítulos extensos, narrando eventos de modo cronológico. Por isso, o leitor não ficará perdido com datas, acontecimentos ou o momento histórico ao qual o autor se refere. Aliás, todo o texto é balizado com datas que estabelecem de modo muito objetivo o período em que é narrado. Em poucos momentos o autor introduz algum acontecimento dissonante, costurando-o com a linha de tempo principal durante a leitura. O estilo de escrita de Barack Obama é muito pessoal, o que dá a impressão de estar lendo uma história de alguém conhecido. Em muitos momentos, reflexões individuais escapam dos fatos, revelando pensamentos e angústias. Ao mesmo tempo, vida pessoal e profissional se misturam de modo muito intenso, revirando acontecimentos entre sua família e seu cargo. Isso não é simples, pois Obama mistura sua vida pessoal e profissional. Por exemplo, ao descrever seu compromisso com o clima narra uma reunião tensa com líderes mundiais para reduzir a taxa de emissão de carbono. Após um confronto forte e intenso, consegue formalizar um acordo. Com esta importante vitória, Obama regressa para Casa Branca, em Washington, e sua esposa Michelle relembra-o de que além de salvar o clima do planeta, ele ainda precisa cumprir uma promessa que fizera a filha: salvar os tigres. A pequena havia tido uma aula sobre a extinção destes animais e por ele ser o presidente dos Estados Unidos, precisava fazer algo.

5. Os Pilares da Terra (Ken Follet) – 941 páginas

O livro nos traz o Tom, um construtor, um típico homem à procura de emprego para sustentar sua esposa grávida e seus dois filhos. Engenhoso com obras, Tom se vê preocupado com a vinda das estações mais rigorosas, a escassez de comida e a ausência de um trabalho para prover sua família. Porém, sua vida tende a mudar quando ele conhece a cidade de Kingsbridge. Nesta cidade, uma grandiosa catedral está para ser construída, porém há muitos conflitos ao seu redor. Enquanto uns tendem a atrasar a obra por interesse e perversidade, outros lutarão para que ela seja a mais magnífica e bela de toda a Inglaterra. É neste momento em que uma grande guerra política se inicia em um mundo devastado por conflitos regionais entre o clero e a realeza. Enquanto Tom luta para sua sobrevivência e a da sua família, novos personagens vão ao seu encontro e tornam sua vida mais complicada ou mais simples. Ele precisará de sorte para enfrentar a conturbada e obscura era da nossa história. Mais uma vez Ken Follett me arrebatou. A ideia de uma história envolvida principalmente em torno da construção de uma catedral me chamou muita atenção. Essa ideia de mostrar como a política, os interesses de poderosos e as más intenções podem moldar a construção de um edifício, algo relativamente simples, me surpreendeu. Desde que li a sinopse deste livro associei essa ideia com o Brasil atual, marcado por corrupções e superfaturamento de obras públicas, principalmente as que ocorreram momentos antes das Olimpíadas e da Copa do Mundo.

6. Alejandro Sanz #Vive (Oscar García Blesa) – 600 páginas

Como toda e qualquer biografia, Oscar Garcia Blesa nos conta a história de vida do superastro da música espanhola Alejandro Sanz, porém neste livro, a organização e cronologia de sua história é diferenciada, pois o biógrafo a organizou em depoimentos de família, amigos, companheiros de trabalho e grandes astros da música latina. Embora saibamos alguns fatos sobre sua vida na infância e adolescência, o livro se concentra na trajetória musical do cantor, mas não nos poupa de contar que ele nunca foi um bom aluno na escola, detalhes que o humanizam e o aproximam de nós, meros mortais. A leitura foi deliciosa e em muitas partes emocionante. Admiro o Alejandro Sanz como cantor, adoro sua voz e suas composições. Mais do que isso, adoro ele ter feito inúmeras parcerias com outros artistas que amo e tudo isso consta no livro, com detalhes que eu desconhecia. Existem capítulos muito comoventes e românticos, como o que sua esposa comenta sobre a música Mi Marciana, composição de Alejandro para ela, que a compara a alguém tão especial que não poderia ser deste planeta e ela o responde dizendo que era ele quem não poderia pertencer a esta humanidade. Alguns fatos históricos também são mencionados, como o 11 de setembro, em que o Grammy daquele ano foi cancelado, o governo americano fechou o céu dos Estados Unidos e eles tiveram que ir por terra até o México para conseguirem retornar para a Espanha. Muitas histórias interessantes são contadas no livro de maneira quase poética. Para mim foi uma experiência intensa e me senti ainda mais apaixonada pelo cantor que admiro há tantos anos.

7. Um Best Seller pra Chamar de Meu (Marian Keyes) – 742 páginas

O livro conta a história de três mulheres que, apesar de se relacionarem, praticamente não se encontram. A primeira delas é Gemma, uma organizadora de eventos que precisa cuidar da mãe abandonada pelo pai e começa a apresentar sintomas de depressão. A segunda é Lily, casada com o ex-namorado (e amor da vida) de Gemma, que consegue publicar um romance de relativo sucesso. A última delas é Jojo, uma famosa agente literária que tem um caso com um dos sócios (casado e com filhos) da empresa em que trabalha. Isso é só um resumo e, para entendê-lo melhor, é só considerar o nome do livro em inglês e uma das epígrafes. O título original é The other side of the story, que em uma tradução livre seria O outro lado da história. Já a epígrafe é de um autor anônimo: “Existem três lados em toda história. O seu lado, o lado deles e a verdade”. É a partir desses dois pontos que vou falar do livro. Ao descrever essas relações, Marian Keyes usa e abusa dos diálogos, situações vergonhosas e do humor. As personagens femininas são bem reais, podem ser você, sua vizinha ou alguém de outro continente. Os dramas são bem cotidianos e as reflexões também. A escrita é feita de forma simples, direta e nos aproxima das mulheres retratadas. Como um bom representante do gênero chick-lit, a leitura é bem fluida.

8. Walt Disney - O Triunfo da Imaginação Americana (Neal Gabler) – 736 páginas

O livro narra a história de vida do artista de forma linear desde seu nascimento, em 1901, em Chicago; passa pela infância pobre e alegre em Marceline no Missouri; volta para Chicago, em uma adolescência difícil. Então vai para Los Angeles e monta seu estúdio na Hyperion com o irmão Roy no meio dos anos 20, produzindo as Comédias de Alice e Oswald, o Coelho Sortudo; suas várias idas a Nova Iorque nos anos 30 pelas mãos de agentes inescrupulosos no início do sucesso do Mickey Mouse e das Silly Symphonies (Sinfonias Ingênuas); sua época mais criativa e visionária como artista nos primeiros longas metragens do estúdio, como Branca de Neve, Fantasia, Pinóquio, Dumbo e Bambi; o grande hiato da Segunda Guerra Mundial e a produção em massa de filmes de guerra; os bastidores do relacionamento com os canais de televisão; a abertura da Disneylândia em 1955; e a sua morte em um hospital de Los Angeles, em 1966. É difícil dissociar Walt Disney de sua criação mais famosa, Mickey Mouse; os dois inclusive estampam a capa brasileira do livro. Ao longo da biografia, o culto ao rato é bem discutido por Neal Gabler, que analisa o impacto do personagem na sociedade americana, tanto como herói subversivo, durante a depressão, quanto pelos produtos licenciados que vendeu. De acordo com o autor, a personalidade anárquica dos primeiros curtas se encaixou no espírito difícil da época, e as adversidades que Mickey precisava enfrentar nos filmes o transformou em ícone de sobrevivência.

9. Cidade Nas Nuvens (Anthony Doerr) – 752 páginas

O valor que o autor confere ao aprendizado é tamanho que Cidade nas Nuvens é dedicado a uma categoria encarregada de preservar a sabedoria humana: os bibliotecários. Isso é personificado no romance nas referências que amarram a trajetória dos personagens em momentos históricos distintos que não são apresentados de forma linear – os capítulos dão saltos no tempo e são como peças de um quebra-cabeça. A primeira figura apresentada é Konstance, menina de 14 anos que nunca colocou os pés na Terra, pois vive em uma nave estelar, alimentando-se de comida em pó e auxiliada por uma máquina de inteligência artificial chamada Sybil, que armazena todo o conhecimento humano. Estamos em 2146 e a aeronave Argos segue em busca de uma nova casa. Filha de um jardineiro que cultiva plantas frescas na viagem, Konstance arruma pedaços de papel com cuidado, em cujas anotações   busca preservar uma história contada por seu pai e criada pelo filósofo grego Antônio Diógenes, provavelmente no século 1 d.C. Éton é um homem que deseja ser transformado em pássaro e voar até um paraíso utópico no céu chamado Cuconuvolândia. Se Diógenes realmente existiu e o esquisito nome do sonhado local é inspirado em uma citação de As Aves, de Aristófanes, a amarração de tudo é fruto da imaginação de Doerr: é o fictício mito de Éton que faz o romance dar um salto no tempo e recuar até 1453.

10. Norte Sul (Elizabeth Gaskell) – 746 páginas

O livro nos traz Margareth, meiga e paciente, morando com uma tia rica em Londres, enquanto os pais moravam numa vila do interior do Sul da Inglaterra. Quando volta a morar com eles, começam os choques que transformam sua vida e revelam seu caráter: o pai, um pastor, decide se afastar da Igreja da Inglaterra e torna-se um dissidente. Sem emprego, vira tutor em uma cidade industrial do norte, Milton, um lugar cinza, cheio de trabalhadores e comerciantes e o mais distante possível da vida bucólica que a família levava antes. A mãe de Margareth – que sofre com a mudança de circunstâncias e com a falta do filho Frederick, desaparecido por motivos explicados ao longo do livro – logo adoece na nova cidade. Já o pai começa a se envolver no clima dinâmico e cheio de ideias novas de Milton e, em especial, com um de seus pupilos: o bem-sucedido John Thornton. Margareth é forçada a lidar com a nova condição de vida e o faz admiravelmente. Depois que a mãe adoece, dedica-se a cuidar dela e do pai, um homem amoroso, mas fraco, que logo cede sob a pressão das dificuldades. Margaret tem vários preconceitos contra Milton e seus habitantes, vê sua corrida por lucro como antirreligiosa e até digna de desprezo. Aos poucos, começa a se envolver com alguns trabalhadores das fábricas, pessoas muito mais pobres que ela, demonstrando enorme compaixão e coragem. Seu verdadeiro problema é com os mestres das fábricas – entre os quais se encontra o sr. Thornton, que fica extremamente ofendido com o desprezo que a garota demonstra por sua amada cidade. 

11. Um defeito de cor (Ana Maria Gonçalves) – 912 páginas

O livro nos traz Kehinde que até os oito anos de idade vivia em Savalu, África. Após a morte da mãe e do irmão e junto da avó e da irmã gêmea Taiwo, viajam sem rumo e chegam a Uidá. Nessa cidade, as três são capturadas e jogadas em um navio negreiro com destino ao Brasil. Ao fim da viagem, resta Kehinde como única sobrevivente da família. Ela vai trabalhar em uma fazenda na ilha de Itaparica. Na fazenda onde a protagonista passa boa parte da infância e adolescência, é sexualmente abusada pelo senhor e dessa relação nasce seu primeiro filho, Banjokô. A protagonista percebe ali duas individualidades que refletirão em toda a sua vida de estrangeira. Seja no Brasil ou na África, ela sempre terá o olhar do outro à espreita de seu comportamento. Mesmo se transformando em uma mulher rica e voltando para seu país, a protagonista encontra sempre esse outro olhar que não a aceita como afro-brasileira: ora ele tem que ser africana, ora brasileira.



12. Ao paraíso (Hanya Yanagihara) – 720 páginas

Em uma versão alternativa dos Estados Unidos de 1893, Nova York integra os Estados Livres, onde as pessoas podem amar quem quiserem (pelo menos é o que parece). Um jovem herdeiro de uma família renomada resiste ao noivado com o pretendente escolhido por seu avô, após cair nas graças de um charmoso professor de música com parcos recursos. Em uma Manhattan de 1993, assolada pela epidemia de aids, um jovem havaiano vive com seu companheiro muito mais velho e endinheirado, escondendo sua infância conturbada e a história de seu pai. E, em 2093, num mundo devastado por pandemias e sob um governo autoritário, a neta traumatizada de um cientista poderoso tenta viver sem ele – e solucionar o mistério dos sumiços do marido. Essas três seções se combinam em uma sinfonia fascinante e engenhosa à medida que temas recorrentes se aprofundam e se relacionam: uma casa em Washington Square Park em Greenwich Village; doenças e tratamentos com custos enormes; riqueza e miséria; a oposição entre fracos e fortes; raça; a definição de família e de nação; os perigos da justiça dos poderosos e dos revolucionários; o desejo de encontrar um paraíso terreno e a percepção gradual de que algo do tipo é impossível. O que une tanto os personagens como esses diferentes Estados Unidos é o ajuste de contas com aquilo que nos torna humanos: o medo, o amor, a vergonha, a falta e a solidão. Ao paraíso é um exemplo formidável de técnica literária, mas acima de tudo é um romance genial na forma como aborda as emoções. Sua grande força resulta da percepção de Yanagihara sobre o desejo angustiante de proteger aqueles que amamos – companheiros, amantes, filhos, amigos e até nossos concidadãos – e sobre a dor que sentimos quando isso não é possível.

Estes foram os livros com mais de 600 páginas que li em 2022. Deixe nos comentários os calhamaços que você leu e se para você, 600 páginas é uma marca justa para defini-los.

Beijos
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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