Drácula (Bram Stoker)

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Ficha Técnica:
Nome Original: Dracula
Autor: Bram Stoker
País de Origem: Irlanda
Tradução: Marcia Heloisa
Número de Páginas: 580
Ano de Lançamento: 1897
ISBN13: 9780393970128
Editora: DarkSide Books
Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 85º livro lido em 2021 e foi Drácula (Bram Stoker). Embora eu não goste de vampiros e não tenha curiosidade por sua mitologia, sempre quis ler Drácula por ser um clássico e por ter nascido nele grande parte do sucesso deste gênero literário.

O livro nos traz o conde Drácula, que desperta quando a noite cai. As trevas são sua companhia e os lobos atendem a seu chamado. Sem reflexos, dono de uma palidez incomum e quase mortal, se alimenta de sangue humano. Seus caninos salientes e afiados, deixam marcas nas vítimas que o nutrem e essa troca pode trazer a morte, ou pior, transformá-las em um semelhante. Ele é temido e misterioso onde vive (Transilvânia) e já se faz conhecido apenas pelo nome.


A mitologia em torno dos vampiros, sugadores de sangue humano, é rica e sobrevive às gerações, se adaptando ao sabor dos ventos. Dos impiedosos e sanguinários terríveis aos românticos adolescentes crepusculares, as criaturas da noite são uma das mais populares na literatura de terror. Contudo, a mais popular e inesquecível está em torno de Conde Drácula.

Ele foi construído para ser um personagem fascinante, mesmo aparecendo tão pouco na obra que imortalizou não só seu nome como o de seu criador, Bram Stoker. Moldado à imagem dos lordes ingleses, dono de posses, castelos, e com educação e conhecimento refinados, o vampiro nos é apresentado como alguém encantador. Um cavalheiro digno de ótima noite com vários assuntos, capaz de nunca nos entediar. É assim que Jonathan Harker o conhece na sequência inicial do livro e nos únicos trechos em que realmente temos oportunidade de conviver com o terrível personagem. Depois disso, ele só aparece a partir de relatos de terceiros.


Escrito em forma epistolar a partir de registros dos diários dos diversos personagens, Drácula é uma obra de terror estritamente ligada ao seu tempo. As características e costumes da sociedade inglesa da época ditaram o desenvolvimento da história, o que certamente me causou frustração porque se existe algo muito pontual e nada evolutivo no enredo é o fato do autor ser extremamente machista e diminuir as mulheres a cada novo capítulo.

Isso me afastou da narrativa de uma maneira tão intensa que terminar o livro foi um grande sacrifício. Salvo por alguns detalhes que conhecemos sobre defesa anti-vampiros como a estaca no coração, a defesa com rosa branca ou alho, a cruz, a hóstia e a água benta, assim como descobrimos que vampiros não possuem reflexo em espelhos, não toleram a luz do dia e dormem em caixões, a leitura foi uma tortura.

A leitura de Drácula é um mergulho na Londres do século XIX e em todas as coisas que dela não deveriam sair. Os relatos dos diários de cada personagem, que se sucedem e constroem a narrativa, dão velocidade e trazem diferentes pontos de vista. O desfecho é simples, rápido e direto e isso me agradou, talvez porque o livro tinha chegado ao fim ou porque não precisava de nada cheio de reviravoltas para deixar o leitor em paz. Não há um clímax que conduza ao final e sim sucessivas cenas de tensão ao longo de toda a história que levam a um ponto final burocrático, mas bem-feito. 

Para mim, foi uma grande decepção, reafirmou meu desinteresse pela mitologia e me deixou irritada com a misoginia que suas páginas trazem.

Não gostei.


Um pouco sobre o autor:
Abraham "Bram" Stoker nasceu em Dublin em 8 de novembro de 1847 e faleceu em Londres em 20 de abril de 1912. Ele foi um romancista, poeta e contista irlandês, mundialmente conhecido.

Alguns de seus livros publicados no Brasil:

    • O hóspede de Drácula e outros contos
    • Os sete dedos da morte
    • Drácula
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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