Filme da Vez #112 Sonic – O Filme

quinta-feira, 5 de março de 2020

FICHA TÉCNICA:
Título Original: Sonic the hedgehog
Ano de Produção: 2019
Lançamento no Brasil: 20 de fevereiro de 2020
Duração: 100 minutos
Gênero: Aventura e Ação
País de Origem: Estados Unidos
Classificação Etária: Livre
Direção: Jeff Fowler
Elenco: Jim Carrey, James Marsden, Tika Sumpter
Sinopse: Sonic é um ouriço com poderes - especialmente o da velocidade - num planeta distante enviado para a Terra quando é perseguido por inimigos. Aqui, acaba fazendo amizade com um xerife que irá o proteger de um vilão.
Oi gente que ama livros, hoje venho comentar com vocês as minhas impressões sobre o filme Sonic. Que conste nos autos que eu nunca joguei Sonic e não curto videogames de uma forma geral, mas como o meu filho adora o personagem e já jogou várias versões, era impossível tirar este filme da lista e fomos conferi-lo no cinema.

A trajetória do Sonic até as telonas apresentou uma rapidez semelhante a que o mascote exibe nos games criados pela produtora japonesa Sega desde 1991. Da divulgação do primeiro trailer ao linchamento nas redes sociais passaram-se apenas dois dias. Para quem não se lembra, o primeiro teaser, revelado em abril de 2019, causou reações inflamadas a respeito da medonha aparência do protagonista digital, um ouriço antropomórfico com bizarros dentes humanos, pelagem exagerada e inconvenientes pernas de atleta.


O diretor colocou a cara para bater, a Paramount abriu a carteira para refazer e a data de estreia foi remarcada. Um novo trailer enfim deixou os fãs satisfeitos. A mudança de design foi tão brutal,  para melhor, que deixou muitos com a pulga atrás da orelha: teria sido esse embaraço público de reformulação uma jogada de marketing das mais arriscadas? Se foi o caso (não deve ter sido), até que funcionou.

Como uma obra audiovisual baseada em videogames, Sonic - O Filme até consegue ser algo bem acima da média. A base de comparação próxima é Detetive Pikachu (2019), que talvez tivesse mais contexto, ferramentas e recursos para contar sua história. Por sua vez, a jornada original do Sonic não oferece lá muita profundidade, então é preciso aplaudir a trama desenrolada no filme, ainda que  não seja exatamente original e calcada no batido clichê da “dupla improvável que aprende a conviver”. A dupla, no caso, é formada por Sonic, criatura com energia infinita vinda de um universo distante, e Tom Wachoswski, xerife bem-intencionado de uma cidadezinha pacata no meio do nada.


Com pouca afinidade entre si e unidos por pura empatia, ambos embarcam em uma road trip para escapar das ameaças do Dr. Robotnik, um cientista obcecado em encontrar e dissecar a criatura azul. Mesmo parecendo cansado e interpretando no piloto automático, Jim Carrey está à vontade repetindo seu típico papel de vilão insano, despejando as caretas, espasmos e trocadilhos que o fizeram famoso. Ele equilibra as cenas e atenções com um Sonic tão carismático quanto adorável, que se comporta como um adolescente em ebulição, encharcado de carência, superficialidade e boas intenções.

O longa começa interessante e em ritmo alucinado, apresentando o protagonista e suas motivações com bom humor, mas perde o fôlego em sua segunda metade, quando o confronto entre Sonic e Robotnik chega às vias de fato. Não há surpresas nem grandes revoluções ao gênero, pois o filme jamais se arrisca em sua narrativa, evitando avançar os limites do entretenimento raso que não exige reflexões. A conclusão é satisfatória, urgente demais, mas conveniente com o que é exalado pelo protagonista indomável. Há portas abertas para uma sequência, que deverá acontecer caso a lucratividade nas bilheterias supere seu alto custo de produção. Sonic merece essa possível sobrevida, ainda mais após tantos transtornos para torná-lo viável nas telonas.


Por fim, é um exercício de imaginação interessante especular como seria se a Paramount tivesse ignorado o clamor popular e nos entregasse o Sonic que planejava antes. Nas atuais circunstâncias, é admirável que um estúdio de cinema se disponha a gastar milhões de dólares além do orçamento para consertar um produto "com defeito", baseado apenas em opiniões frustradas de redes sociais. Conseguiríamos apreciar o filme da mesma forma caso o herói ainda ostentasse a aparência bizarra proposta anteriormente? Com certeza, não. Valeu então tamanho esforço para agradar os fãs? Com mais acertos do que erros, a resposta é sim.

Foi divertido e o filme é excelente visualmente, rendeu risadas e é impossível não torcer pelo protagonista, mas eu esperava um pouquinho mais.

Trailer Oficial:

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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