Algum Dia (David Levithan)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Ficha Técnica:
Nome Original: Someday
Autor: David Levithan
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: Ana Lima
Número de Páginas: 331
Ano de Lançamento: 2019
ISBN-13: 9788501117984
Editora: Galera Record

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 9º livro lido em 2020 e foi Algum Dia (David Levithan). Conheci a escrita do autor em 2013 quando li Todo Dia, livro que abriu a saga de do protagonista mais diferentão de todos os livros que já li na vida. Depois do sucesso do primeiro livro, em 2016 veio Outro Dia, a mesma história do primeiro livro contada sob outro ponto de vista e no fim de 2019 foi lançado Algum Dia, livro que soluciona e encerra uma jornada extremamente interessante.

O primeiro livro nos traz um personagem muito original: todos os dias ele acorda em um corpo diferente, vive neste corpo por apenas 24 horas e no dia seguinte, estará novamente em outro corpo. Embora ele já esteja acostumado a “sequestrar” os corpos que usa por um dia, nunca tinha cogitado a possibilidade de simplesmente ficar em um determinado corpo que estivesse ocupando, até o momento em que se apaixona. Este protagonista diferente chama-se A (nome que ele mesmo se deu) e tem 16 anos. Um dia, A acorda no corpo de Justin, um adolescente comum com uma namorada encantadora, a Rhiannom e é por essa garota que A se envolve emocionalmente. Ainda que esteja apaixonado, A não consegue impedir a mudança diária de corpo que podem variar de cidade, biotipo e gênero, mas encontra um meio de ir até a garota por quem está apaixonado para que de alguma maneira, este amor possa ser correspondido e vivido em plenitude.

O primeiro e o segundo livro terminam de forma aberta, o que angustia muito o leitor. O terceiro volume tem a voz narrativa tanto de A quanto de Rhiannom e o acréscimo de um vilão que aparece discretamente no primeiro livro, mas ganha voz e desenvolvimento neste volume e a ajuda de um adolescente que também teve o corpo ocupado por A.


A voz narrativa de A é um pouco cansativa e repetitiva, outra vez temos a descrição de seus dias acordando em casas, famílias diferentes e tendo que voltar de alguma forma para perto de Rhiannom. Os capítulos narrados por ela são bem mais dinâmicos e interessantes, mas, ainda assim, inferiores aos capítulos do personagem que faz o contraponto da história. Em todos os livros e também neste aqui, A é íntegro, sempre preocupado com a vida do corpo que ele está ocupando e muitas vezes tenta ajudar de alguma forma. Já este vilão faz o contrário: ilude, engana e rouba os corpos que usa.


A inserção de mais personagens foi um ganho bem incisivo dentro da narrativa e adorei ver a luta entre o bem e o mal. Sem dúvida, o que somou mesmo ao enredo foi o autor desenvolver outra vez um plote sobre estereótipos e o quanto somos a essência e não a matéria enquanto vivemos no mundo. Existe um trecho maravilhoso, que me emocionou bastante em que isso fica extremamente claro. 

Apesar das passagens repetitivas, o livro é maravilhoso. A reflexão trazida é muito relevante para os dias de hoje quando todos, independente de idade ou classe social, se preocupam com padrões físicos. Este é o tipo de história que deveria ser lida por todas as pessoas, ainda que a trama se desenvolva em personagens jovens.  Dos três livros, acredito que o primeiro seja o mais especial, mas a trilogia, se é que podemos definir assim, é muito coesa e os três livros se harmonizam bastante conforme a trama principal é concluída.


Não recomendo o livro sem a leitora de pelo menos o primeiro volume, porém incentivo fortemente que conheçam essa história, se deliciem com a escrita poética do autor, reflitam no tema desta história e se permitam entender que somos mais do que aparentamos ser.

Eu amei!!


Um pouco sobre o autor: David Levithan é um escritor norte-americano, nasceu em 07 de setembro de 1972, New Jersey. Alguns de seus livros publicados no Brasil são:

  • Todo Dia
  • Outro Dia
  • Algum Dia
  • Invisível
  • Will & Will
  • Garoto encontra Garoto
  • Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo
  • Dois Garotos se Beijando
  • Me Abrace Mais Forte
  • Nick & Nora 
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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