Esmeraldas na Noite (Beverly Bird)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

FICHA TÉCNICA
Nome original: Emeralds at the Darkness
Autora: Beverly Bird
País de origem: Estados Unidos
Número de páginas: 192
Ano de Lançamento: 1983
Editora: Nova Cultural

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 2º livro lido em 2019 e foi Esmeraldas na Noite (Beverly Bird). Me interessei pela sinopse deste livro quando procurava livros com protagonistas portadores de deficiências físicas e achei que esse enredo ia funcionar bem para mim.

O livro nos traz Courtney, que ao entrar na idade adulta é diagnosticada com uma doença na visão. Ela sabe que aos poucos perderá a visão e de certa forma tenta correr contra o tempo. Se forma em pedagogia e com o dinheiro de uma herança, funda uma escola para meninas que tenham as mesmas dificuldades que ela, ou seja, quase cegas. E então uma nova aluna é admitida em sua instituição e Courtney percebe que existe uma certa irresponsabilidade do pai da menina e ao marcar uma reunião para conhecê-lo, ela acaba se apaixonando por ele. Joshua é um homem bonito e bem-sucedido que ficou viúvo e com uma filha para criar. Quando a filha apresentou os sintomas de uma eminente cegueira, ele tratou de matriculá-la na escola de Courtney.

Tudo é bem superficial neste romance. Sabemos que Courtney e uma mulher forte e que tenta a todo custo não depender de ninguém. Procura oferecer as suas alunas a melhor educação possível para que elas também se tornem mulheres empoderadas quando chegarem à idade adulta, mas ao mesmo tempo, Courtney é carente e a rapidez com que ela se apaixona por Joshua é quase irritante.

Ao longo da leitura entendemos que Joshua nunca fora um pai relapso ou qualquer coisa parecida. Estava apenas assustado com o rumo que a vida da filha poderia tomar e tenta então colocá-la na melhor escola que encontra.

Com algumas cenas sensuais, algumas em momentos nada convencionais, temos um romance instantâneo e pouco desenvolvimento de personagens. Tudo é tratado de fora rápida e nas páginas finais temos uma problemática séria acontecendo que também é resolvida de forma automática, com várias facilitações narrativas.

Eu não esperava muito do livro, mas ainda assim, fiquei um pouco decepcionada porque queria ver maiores desdobramentos da deficiência da protagonista e uma postura mais séria do mocinho. No geral, é um romance rápido e pouco convincente.

Poderia ser melhor.


Um pouco sobre a autora: Beverly Bird é uma autora de romances americana e também escritora especializada em direito tributário. Beverly tem sido a especialista tributária da The Balance, uma conceituada revista de economia desde 2015. Além de seu trabalho na The Balance, ela tem mais de 30 anos de experiência em redação e edição. Alguns de seus livros publicados no Brasil são: 

  • Esmeraldas na Noite
  • Atração Indomável 
  • Primeiro Passo: Conquistar / Decisão de Seduzir
  • Delirante Sequestro
  • O minuto seguinte
  • Desejo de vingança; Jogo de mentiras
  • Boneca Indomável
  • Fogo Sobre A Neve 
Comentários
19 Comentários

19 comentários :

  1. Achei interessante você ir atrás de um livro onde o protagonista tem alguma deficiência. Conheci uma pessoa com o mesmo problema da protagonista do livro, perde a visão rapidamente.
    Não curto muito romances como esse, eu acho eles muito clichês para meu gosto.
    Um ponto que chama atenção é Joshua o par dela no livro ser pai ♥

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  2. Olá, tudo bem? Não conhecia esse livro ainda, mas pela premissa parece ser bem interessante. Adorei tua resenha, é uma pena que a história não tenha sido tudo que tu esperava.

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  3. Oi Ivi!
    A trama tinha tudo pra ser incrível, mas parece que autora simplificou tudo demais e deixou de tudo de forma superficial, infelizmente. Acho que eu ficaria decepcionada também, poxa, já é raro ter livros com protagonistas deficientes, aí vem a autora e coloca um macho como se isso fosse o suficiente. Uma solução simples, mas não convincente mesmo. Acho que não iria gostar.
    Beijos

    www.lendoeapreciando.com

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  4. Olá, Ivi.

    Também odeio quando a protagonista é tão carente e acaba se apaixonando "à primeira vista", infelizmente para mim isso não funciona e me deixa bem irritada durante a leitura. É, com certeza, um romance que eu passaria longe, mesmo com toda a questão envolvendo a deficiência.

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  5. Ah, que pena que o livro te decepcionou, eu achei que pela premissa seria um livro ótimo.
    A capa eu não curti, achei meio forçada, e lendo a resenha me desinteresse totalmente pela leitura, mocinhas carentes não me cativam.
    Parabéns pela resenha sincera.

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  6. Fico pensando se como foi escrito em 1983 o livro não tinha mesmo um pouco mais de preconceito até, acho que hoje a história seria escrita de uma forma até diferente. Porque não gosto quando as coisas correm assim nas histórias também.

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  7. Oi, Ivi!
    Eu não conhecia o livro, mas também não é um estilo que me agrada muito, então eu passaria reto por ele. Não sou das maiores fãs de mocinhas carentes, rsrs.
    Diferente do que a Greice disse ali em cima, não acho que a época em que foi escrito tenha tanta interferência assim. Óbvio que quando mais antigo o livro, mas características da época ele traz. Porém, temos tantos exemplos de livros e autoras que quebraram o padrão em épocas tão mais difíceis e podadas pelo preconceito... Então acho que é mais como o autor(a) pensa/pensava.
    Que pena que não curtiu.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/

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  8. Adoro esses livros, são leituras bem rápidas e despretensiosas, então é uma pena a carência da Coutney ter sido irritante e essa falta de desenvolvimento dos personagens e da deficiência da protagonista. Ótimo para passar o tempo rsrs.

    Abraços.

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  9. Oi, que pena que a trama não foi bem aprofundada nesse romance, trazendo personagens com deficiência tinha espaço para trabalhar bem mais o enredo, ainda não tinha ouvido falar no livro ou na autora.

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  10. Olá, então... interessante a proposta do livro, talvez por ter sido escrito em 83 alguns aspectos tenham divergido do nosso "timing" a minha visão de leituras mudou bastante nos últimos 10 anos por exemplo, tô com umas dezenas de livros aqui que eu penso "MDS COMO EU LI ISSO?" Mas... continuo achando que precisamos cada vez mais e mais de livros mais representativos, com inclusão.

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  11. Olá, tudo bem?

    É uma pena quando o livro nos decepciona, e ainda que você não tenha tido grandes expectativas para com o livro, fico com dó de saber que a autora não se aprofundou e deu mais "ação" para o romance do que para a questão da vida da protagonista que, ao meu ver, deveria sera prioridade. Como portadora de ceratocone, e com o risco de um dia acabar desse jeito, se Deus quiser não, mas é algo que tem um risco, fico chateada de ver algo que poderia ser levado a sério no livro e vir a trazer uma lição importante para quem lê.

    Beijo.

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  12. Olá!
    Ahh é tão ruim quando pegamos uma leitura e esperamos mais de algumas partes e elas não acontecem né. Eu acho que esses romances de banca em sua maioria são assim.
    Não conhecia essa obra, mas acredito que não leria no momento, tenho evitado algumas leituras que tem um enredo mais batido.
    Quem sabe na próxima dica.
    Beijos!

    Camila de Moraes

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  13. Oi!
    Esse livro é bem antigo, nunca que iria ficar sabendo dele se não fosse pela sua resenha.
    Pela sinopse pensei que o romance seria mais forte e o cenário também intensifcaria ele. Uma pena que não souberam explorar o romance e nem a defiência da protagonista. É um livro que irei deixar para a próxima.
    Abraços

    FLeituras

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  14. Adoro esses livros da década de 80, pois parecem ter um enredo diferente das leituras atuais. Eu não conhecia essa obra, mas confesso que fiquei bem interessado, principalmente por ele ser de 1983.

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  15. Olá Ivi!!!
    Esse livro e com essa capa me lembrou aqueles romances de banca, não sei se estou certa de o mesmo ser??
    Eu gostei da ideia da história que por mais que a história tenha sido um tanto superficial a personagem ainda tenha apresentado uma certa força.

    lereliterario.blogspot.com

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  16. Ola!!

    Poxa, é muito ruim quando um livro nos decepciona, nao é mesmo? Muitos autores infelizmente preferem se aprofundar em algo que não é tao importante e acabam perdendo o rumo, o que é uma pena realmente.

    beijos

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  17. Oi Ivi,
    Achei bem legal a proposta inicial da história, mas pelo que você opinou, a autora acabou se perdendo na linha de construção dos seus personagens, o que é uma pena, porque a premissa chegou a me chamar a atenção.
    Bjim!
    Tammy

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  18. Olá!
    Achei muito legal seu interesse em procurar ler um determinado assunto, e ainda mais um protagonista portadora de uma deficiência. Ainda não conhecia esse livro, e nunca fui uma pessoa que fosse acostumada e ler livro lançados a muito tempo. Uma pena você ter se decepcionado, achei bem interessante e pretendo procurar mais sobre ele.

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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