The Year We Fell Down (Sarina Bowen)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Ficha Técnica:
Nome Original: The YearWeFell Down
Autora: Sarina Bowen 
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 268
Ano de Lançamento: 2014
ISBN-13: 9780991068005
Editora: Kindle

Oi gente que ama livros, hoje eu e a Kelly trazemos uma resenha dupla porque fizemos Buddy Read - leitura em conjunto. Juntas lemos The Year We Fell Down (Sarina Bowen) e vamos falar dele hoje. Comentários em azul são meus e comentários em roxo, são da Kelly. Espero que gostem!

Expectativa X Realidade 

A minha expectativa para com o enredo era alta, uma vez que a sinopse já tinha me apresentado que a protagonista estava fora do padrão dos livros do gênero e eu gosto muito quando uma história traz representatividade. 

Embora o enredo tenha alguns elementos diferenciados e fuja um pouco da maioria dos livros de jovens na universidade, existe um clichê permeando os capítulos e isso não foi negativo, foi gostoso acompanhar o desenvolvimento da narrativa, rumo à conclusão que era previsível, mas que nem por isso perdeu seu brilho.

Minha expectativa era bem alta pelo fato de uma das personagens ser deficiente física. Como também sou deficiente, adoro conferir a forma com que a deficiência é abordada. Fiquei empolgada já no primeiro capítulo ao ver a preocupação com a acessibilidade nos quartos, assim como no desenvolvimento da história me pareceu bem real a dificuldade com os obstáculos que geralmente passam desapercebidos pela maioria das pessoas, como degraus e calçadas desniveladas.

Como já esperava, há um romance envolvido e o desfecho é bastante previsível, mas a história me encantou por abordar a deficiência de forma tão delicada e verdadeira, até com descrições de uma sessão de fisioterapia. 

Os personagens principais e como suas vidas se cruzam na história. 

O livro nos traz a Corey, uma ex jogadora de hóquei em seu primeiro ano da universidade. Corey foi obrigada a largar o esporte que amava e que com certeza, se profissionalizaria, porque em um acidente, perdeu os movimentos das pernas. Apesar de todas as dificuldades e limitações, Corey corajosamente decidiu não abrir mão da faculdade e mesmo em uma cadeira de rodas, segue em frente. 

No mesmo alojamento estudantil, ela conhece o Hartley, que também é jogador de hóquei, mas que está com uma das pernas engessada e como Corey, também tem os movimentos limitados. Ao redor deles, temos ainda a Dana, colega de quarto de Corey e o Bridger, melhor amigo de Hartley.

Corey é a personagem com a qual me identifiquei pela deficiência, ela é ex-jogadora de hóquei e teve sua carreira interrompida após um acidente, que a deixou em uma cadeira de rodas. Decide cursar a mesma faculdade que o irmão até para provar que é capaz de ter sua independência. Dana é sua companheira de quarto, sempre disposta a ajudá-la e dar conselhos sobre todos os assuntos. 

Adam Hartley também está no mesmo alojamento universitário e por estar com uma das pernas engessada, sente praticamente as mesmas dificuldades de Corey. Bridger é o melhor amigo de Hartley e demonstra amizade em várias situações: tanto apoiá-lo em um momento complicado quanto fazê-lo enxergar uma situação com a namorada, que até aquele momento me parecia sem sentido.

O que conta a narrativa e como a história se desenvolve 

Corey e Hartley se interessam um pelo outro porque ambos tem muitas coisas em comum, mas a questão é que ele tem uma namorada que aos olhos de Corey, é lindamente perfeita e em função disso, ela acredita que Hartley nunca se interessaria por ela. Enquanto o romance propriamente não explode, eles se tornam muito amigos e isso é bem gostoso de acompanhar na trama.

Corey e Hartley são companheiros na aula de Economia e vizinhos de quarto, o que os aproxima bastante, principalmente durante os jogos de vídeo game, em que os dois simulam partidas de hóquei. O único problema é que Hartley tem uma namorada (Stacia), vista por todos como uma garota perfeita por sua beleza, mas que na verdade é bem mimada e egoísta. O aniversário de Hartley marca uma mudança tanto em seu relacionamento com Stacia quanto com Corey.

Valeu à pena? 

Foi uma boa leitura pelo aspecto fluido da história. Porém eu acredito que muitas partes na narrativa, poderiam ser mais aprofundadas, como a própria lesão da Corey. Algumas revelações sobre a vida familiar de Hartley, que foram reveladas apenas no fim do livro, poderiam ter sido desenvolvidas ao longo do enredo. 

Mas de um modo geral, foi um romance bom, diferente e que trouxe algumas questões sobre a sexualidade de alguém com paraplegia, que eu acredito serem relevantes. Um aspecto positivo da protagonista é que a Corey se sentia muito triste pela situação em que estava, mas ela não jogava isso em cima de ninguém. Ela vivia o seu drama interior, seja ele estar em uma cadeira de rodas ou estar apaixonada por alguém comprometido, mas não fazia das suas dores, o sacrifício de ninguém e eu valorizo muito isso.

Outro aspecto positivo da Corey foi que ela não ficou esperando, sentada, a vida lhe devolver o que lhe foi roubado. Ainda que com adaptações, ela decidiu que o esporte não ficaria fora da sua vida e eu achei isso uma decisão bem inteligente. 

Definitivamente sim!

Adorei Corey, me vi em várias situações enfrentadas por ela, assim como admirei sua determinação em superar suas dificuldades e a empolgação ao se dedicar aos esportes. Em alguns momentos, fiquei um pouco confusa sobre o fato de ela estar na cadeira de rodas ou com muletas, pois não me parecia claro na narrativa; a “fada da esperança” (como ela mesma define os próprios pensamentos esperançosos em 3ª pessoa) “aparece” várias vezes, o que me pareceu bem irritante e desnecessário, mas nada que tire o interesse da leitura.

No início, Hartley é meio rebelde, mas quando decide se dedicar a Corey tem atitudes surpreendentes e lindas, como a que a leva a enfrentar seus traumas de forma bem sensível ou ao fazê-la dançar no baile da faculdade. Fiquei encantada pela forma em que o personagem percebe e se esforça para proporcionar vários momentos a Corey, coisas que não tinha tido oportunidade ou condições de fazê-las desde o acidente. 

Há uma situação dramática também na vida de Hartley, achei até pertinente, mas poderia ter sido muito melhor explicada, até para saber a atitude e reação das outras pessoas envolvidas.

Como puderam perceber, a leitura funcionou muito bem para as nós duas e indicamos para quem gosta de romance!


Um pouco sobre a autora: Sarina Bowen é uma escritora americana de romances contemporâneos. Ela vive nas Montanhas Verdes de Vermont com sua família, seis galinhas e equipamentos de esqui e muitos equipamentos de hó-quei. No Brasil ainda não temos nenhum livro dela publicado.

Comentários
16 Comentários

16 comentários :

  1. Olá meninas!
    Que bom que a leitura funcionou bem para as duas. Não me lembro de ter lido nenhuma obra com um personagem principal com deficiência, exceto por algumas menções em outros livros. Fiquei bem curiosa para saber como as coisas acontecem nessa obra e achei legal os personagens terem coisas em comum e a autora ter se preocupado com questões que outros não se preocupam com o que tange deficiências.
    Claro que vou anotar a dica.
    Beijos

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  2. Esse livro me pareceu com o toque de sensibilidade muito grande,sem falar que livros em que o foco é a deficiência são difíceis de ser ver, acho uma pena ainda não terem lançado esse livro no Brasil

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  3. Oiiii,

    Adorei a ideia de resenha conjunta, nos da duas visões diferentes de uma mesma história e da para tirar parâmetros da opinião das duas. Achei bem interessante a história, principalmente por ter algum com limitações que quer se provar, sempre acho interessantes estas histórias, pois nos mostra diversas maneiras de se enfrentar uma dificuldade. Vou colocar ele na minha listinha de próximas leituras rs.

    Beijinhos...
    http://www.paraisoliterario.com/

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  4. Oie! Tudo bem?

    O Livro parece ser muito bom, ou bom pela premissa dele, e notei que pela resenha das duas ele deixa algumas coisas a desejar, mas de qualquer maneira só o leria se tivesse a edição em português, se isso em algum momento acontecer irei dar uma chance para a história!

    Bjss

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  5. Olá,

    Que legal a leitura em conjunto de vocês. Não conhecia o livro, mas achei bem interessante a proposta da obra e também me chamou atenção o fato de que a protagonista ser deficiente. Apesar do clichê e por algumas partes não serem tão aprofundadas, tenho certeza que deve ser uma ótima leitura. Adorei a resenha e espero ler em breve!

    www.virandoamor.com

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  6. Oie, tudo bem?
    Adorei a ideia da resenha trazer as visões de vocês duas sobre o livro!
    Eu ainda não conhecia esse livro e nem a autora, mas fiquei curiosa para ler. Gostei do fato de que o livro traz uma protagonista com deficiência e aborda o tema de forma delicada e muito real. Além disso, achei bem legal que o romance acontece aos poucos e os protagonistas se tornam amigos antes de se apaixonarem mesmo.
    Adorei a resenha de vocês e já anotei a dica!
    Beijos!

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  7. Olá meninas!

    Adoro essas resenhas em dupla, fiz uma vez e achei maravilhoso!
    Eu não conhecia o livro e adorei ter uma visão de alguém que vive as mesmas dificuldades que a protagonista! Não vou me esquecer dele, caso seja lançado pra cá, provavelmente leia!

    Bjus

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  8. Oi, tudo bem? Primeiramente, curti bastante o modo que expuseram suas opiniões assim de modo conjunto e fico feliz que o livro funcionou para ambas. Gostei da premissa e de saber que o livro possuí uma protagonista com deficiência física e que o tema é abordado de forma delicada. Ótima dica, beijos.

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  9. Olá! Que bom que a leitura foi boa para as duas. Achei esse tipo de resenha diferente, intercalando entre as duas leitora, normalmente vejo a resenha reparada mesmo que seja na mesma publicação. É bom quando um livro que tem clichê talvez um elemento diferenciado. Que bom que apesar do final ser previsível não perdeu o brilho. Que pena que em algumas parte acredita que poderia ser mais profunda, mas que bom que a leitura flui bem. Beijos'

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  10. Enredos com personagens deficientes são raros mesmo. Vou anotar esta dica pois gostei muito da história. Fico feliz em ver que ambas gostaram do livro.
    Bjs

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  11. Oiee meninas ^^
    Eu ainda não conhecia esse livro, mas já o coloquei na listinha de desejados...haha' conseguiram me deixar curiosa. Uma pena que a autora não tenha desenvolvido algumas questões como poderia, mas, ainda assim, parece ser uma leitura bem marcante e apaixonante. Gostei mesmo. E o que mais me deixa curiosa é o fato de, como você disse, a personagem sair do padrão dos livros do gênero.
    MilkMilks ♥
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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  12. Ah, que pena que ainda não foi lançado aqui no brasil :( Simplesmente amei o fato de ter uma protagonista paraplégica e o romance abordar a deficiência. Minha irmã é deficiente física, então acho que ela também irá adorar a leitura!!! Espero conseguir encontrar o livro. Amei a resenha dupla <3
    Beijos!!
    http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br

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  13. Oi, Ivi

    Aiii que legal que você leu TYWFD, eu li em 2015 e me apaixonei, favoritei e tudo. Que pena que você teve pequenas ressalvas, mas acontece.
    Na época eu conversei com a autora e perguntei se alguma editora tinha entrado em contato com ela, mas ela informou que não, o que é uma pena.

    Beijo

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    Respostas
    1. Foi uma indicação sua!!!! Tive sim algumas ressalvas, mas amei a proposta da autora!!! Obrigada pela indicação!!!
      bj

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  14. Não conheço o livro ou a autora, então senti falta da sinopse!

    Pelo jeito trata-se de uma moça deficiente, algo inovador em muitos livros de romance. Mas acho que comparar uma perna quebrada a uma paraplegia e dizer que os problemas são parecidos é meio demais... Um é temporário, o outro dificilmente terá o cenário mudado. Não sou muito fã de livros de romance e, pelo jeito, ia acabar ficando chateada pela história não se desenvolver muito e focar somente no romance.

    Passo a indicação!

    Abraços!
    www.asmeninasqueleemlivros.com

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  15. Oi Ivi.
    Gostei muito da sua resenha. Bastante sincera e o fato de confrontar expectativa e realidade foi genial.
    Não lembro de ter lido algo onde a personagem fosse portadora de deficiência. Gostei de ver que o tema foi inserido e bem tralhado. Importante isso. Apesar das ressalvas, daria uma oportunidade sim.
    Espero ler um dia.
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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