Em Busca de Abrigo (Jojo Moyes)

terça-feira, 15 de setembro de 2015


Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 54º livro lido em 2015 e foi EM BUSCA DE ABRIGO (Jojo Moyes). Sou daquelas leitoras que quando se apaixona pela escrita de um determinado autor, quer ler tudo o que ele já escreveu e isso aconteceu comigo ao ler o primeiro livro da Jojo Moyes em 2013. Depois do meu primeiro contado com a sua narrativa, cada livro que leio escrito por ela, me encanto ainda mais com suas características de escrita. Sendo assim, quando EM BUSCA DE ABRIGO foi relançado aqui no Brasil no mês passado, tratei de comprar e comecei a leitura certa que iria gostar da história.

Neste livro temos a história de três mulheres: Joy, Kate e Sabine. Joy é a mãe de Kate e Kate é a mãe de Sabine e apesar do vinculo indiscutível que as três mulheres tem uma com a outra, elas são pessoas muito diferentes entre si. Mais que isso, apesar do laço de sangue, elas são distantes uma da outra: não se admiram, não possuem cumplicidade e o relacionamento entre elas é tenso.
"Às vezes a vida lhe parecia tão simples que ela mal podia acreditar que os adultos agissem de forma tão complicada." página 223
Conhecemos a história de Joy e como ela se apaixonou pelo marinheiro e elegante Edward em plena guerra. Eles firmaram o compromisso entre si mesmo sabendo que ficariam tempos distantes um do outro em função da profissão dele. Mas o amor que os uniu permaneceu forte e superaram os problemas que acontecem a todo e qualquer casal. Mais que isso, Joy se manteve fiel, tolerante e submissa, mesmo que em alguns momentos, Edward não merecesse isso. Formaram uma família sólida e como fruto deste amor, vieram Chistopher e Kate.
"Às vezes fico pensando que eu fui a única pessoa que não ganhou o papel com as regras do jogo... Você sabe, aquelas que ensinam as pessoas a amadurecerem." página 283
Kate se distanciou da mãe e do pai no final da adolescência com um comportamento subversivo e rebelde. Indo na contramão de tudo o que os pais desejavam para ela, ela acaba deixando a família com 18 anos, grávida e sem a intenção de permitir que os pais interfiram na criação que ela dará a filha. Kate se torna uma mulher carente, sem conseguir manter um relacionamento estável ou feliz com qualquer um dos seus namorados e isso faz com que a filha, Sabine, não a respeite em momento algum. Em função de um dos términos destes relacionamentos de Kate, Sabine vai passar as férias com a avó. Elas não se conhecem, se viram poucas vezes durante os dezesseis anos de Sabine e esse reencontro será marcado por brigas, discussões e enfrentamentos diversos.

Joy e Edward sempre amaram cavalos e possuem uma propriedade com animais valiosos, bem cuidados e muito amados pelo casal. Mas Sabine não aprecia nenhum pouco este lazer, porém em função de diminuir a tensão entre ela e a avó, ela aceita aprender a andar a cavalo e Thom será o responsável por ensiná-la. Thom é um antigo funcionário da família e foi um dos namoradinhos de Kate antes dela sair da casa dos pais e quando Edward sofre um derrame e os médicos pedem que a família se prepare para o pior, Kate retorna à família e o reencontra.
"'Não sou boa para lidar com a morte' - como se alguém fosse..." página 415
A leitura foi prazerosa. A autora possui uma maravilhosa intimidade com as palavras e a forma como ela constrói os personagens te traz a sensação de que você os conhece muito bem. A descrição dos lugares, bem como das sensações e sentimentos é muito bem embasada e crível, porém sem sombra de dúvida, este é o livro mais fraco da autora que eu já tive a oportunidade de ler. Temos uma história bem contada e bonita que fala sobre como podemos amar as pessoas e aos mesmo tempo, não gostar delas. Durante a narrativa, encontramos as três personagens se criticando o tempo todo e se forçando ao convívio e ainda assim, vemos nos pequenos detalhes o quanto elas se amam. A história fala sobre amor, perdão, aceitação e do medo de recomeçar quantas vezes for preciso para que a felicidade seja algo real. É um livro muito bom, mas se comparado aos outros títulos da autora, deixa bastante a desejar. É inevitável a comparação e eu a faço me sentindo um pouco injusta porque gostei do livro, mas em função da minha expectativa alta, esperava mais.


Recomendo para quem gosta de histórias que falem de família de uma forma crua, sem máscaras ou maquiagens. É uma história de amor e dor. Um leve romance que não é o foco central da narrativa, mas bem inserido, dá um toque bonito e leve para as tensões que as personagens enfrentam e sobretudo, recomendo para quem gosta de um texto bem estruturado, rico e ao mesmo tempo, muito próximo de qualquer leitor.

Eu gostei, não amei, mas gostei bastante.  


Um pouco sobre a autora: Jojo Moyes nasceu em 1969 e cresceu em Londres, no Reino Unido. Estudou jornalismo e foi correspondente do jornal The Independent até 2002, quando publicou o seu primeiro romance, Sheltering Rain, e resolveu dedicar-se à escrita a tempo inteiro. Seus livros publicados no Brasil são:

Em Busca de Abrigo
A Casa das Marés
Baia da Esperança
Comentários
1 Comentários

Um comentário :

  1. Nunca li nada da Jojo mas a lista só está aumentando.
    Essa capa é linda e me chamou muito a atenção.
    Beijos
    Balaio de Babados

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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